A concentração foi convocada através das redes sociais, mobilizando desde as 21:30 horas cerca de duas centenas de pessoas empunhando cartazes e velas.
"O direito à saúde é de todos e só juntos temos força para manter a urgência pediátrica", disse à agência Lusa Carina Nobre, que várias vezes já recorreu a esta urgência com os dois filhos.
"Estamos a ver que a urgência vai encerrar, temos filhos e ir para outro hospital é desgastante e não temos salários para recorrer aos privados ", reforçou Vítor Piedade.
À vigília juntou-se também o deputado do PS à Assembleia da República João Nicolau e vários autarcas, incluindo o presidente da câmara de Torres Vedras, Carlos Bernardes (PS), que adiantou que na quarta-feira terá uma reunião no Ministério da Saúde para encontrar uma solução definitiva no sentido de que os médicos não cumpram serviço em regime de precariedade.
O autarca frisou que o município pretende manter a urgência aberta.
A urgência pediátrica de Torres Vedras do Centro Hospitalar do Oeste esteve desde as 21:00 de quinta-feira e até sábado de manhã a funcionar sem pediatras na escala, sendo que os doentes que necessitaram desta especialidade foram transferidos para as Caldas da Rainha, distrito de Leiria.
Na sexta-feira, a administradora já tinha admitido a existência de constrangimentos no dia 31 de dezembro, que deverão voltar a repetir-se na próxima semana.
O Centro Hospitalar do Oeste integra os hospitais de Torres Vedras, Caldas da Rainha e Peniche e serve cerca de 300 mil habitantes daqueles três concelhos, assim como de Óbidos, Bombarral, Cadaval e Lourinhã e parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estêvão das Galés e Venda do Pinheiro).