Isabel dos Santos reagiu às acusações que lhe são feitas no âmbito da investigação Luanda Leaks e negou esta quinta-feira, em comunicado enviado à Reuters, a sua veracidade. A engenheira angolana quis "clarificar a posição em relação às últimas acusações".
"Sempre operei dentro da lei e todas as minhas transações comerciais foram aprovadas por advogados, bancos, auditores e reguladores", acrescentou à agência de notícias.
Recorde-se que esta quarta-feira a empresária foi constituída arguida pela Procuradoria-Geral da República de Angola por alegada má gestão e desvio de fundos durante a passagem pela petrolífera estatal Sonangol.
Já hoje, Helder Pitta Grós esteve reunido, em Lisboa, durante uma hora e meia com a Procuradora Lucília Gago, acerca do caso Luanda Leaks.
Juntamente com Isabel dos Santos são também arguidos Sarju Raikundalia, ex-administrador financeiro da Sonangol, Mário Leite da Silva, gestor da empresária e presidente do conselho de administração do Banco de Fomento Angola (BFA), Paula Oliveira, amiga de Isabel dos Santos e administradora da NOS, e Nuno Ribeiro da Cunha, diretor do Eurobic - encontrado morto na sua casa na noite de ontem.
Esta tarde, ficou-se também a saber que os administradores nomeados por Isabel dos Santos estão de saída da NOS. As demissões de Jorge de Brito Pereira, Mário Filipe Moreira Leite da Silva e Paula Cristina Neves Oliveira já foram comunicadas à CMVM.