"Tal como no ano passado, voltamos a apostar em figuras queridas do público, que vão trazer até à Mealhada muitos visitantes", disse hoje à agência Lusa a presidente da direção da nova direção da Associação de Carnaval da Bairrada, Janine Oliveira, à margem de uma iniciativa de promoção do evento, que contou com a presença de Luciana Abreu.
A Câmara Municipal da Mealhada continua a ser o principal financiador do "maior evento do município", com comparticipações de 24 mil euros para a ACB e 36 mil euros repartidos pelas quatro escolas de samba do concelho.
O protocolo entre a autarquia liderada por Rui Marqueiro e a ACB inclui a chamada "cláusula mau tempo", que poderá ser acionada em caso de "condições meteorológicas adversas". Ou seja, a Câmara poderá suportar eventuais prejuízos até 24 mil euros se o desfile tiver de ser interrompido ou adiado devido à chuva, como aconteceu em 2019.
Para além das receitas de bilheteira, a ACB "compôs" o orçamento deste ano com a venda do nome das bancadas do cortejo a diversas empresas da região, refere Janine Oliveira.
"As empresas apadrinham as bancadas, uma novidade que ajuda a equilibrar as contas", refere, lembrando que o Carnaval terá, de novo, um trajeto urbano, passando pelo centro da Mealhada.
Haverá dois corsos diurnos (nas tardes de 23 e 25 de fevereiro) e um noturno na noite de segunda-feira de Carnaval, dia 24.
No dia 16, decorrerá o Carnaval de Palmo e Meio, destinado às crianças das escolas do concelho.
Numa manobra de promoção, a ACB espalhou pelas rotundas da Mealhada figuras alegóricas em fibra de vidro usadas em edições anteriores, mas acabou por retirar uma estatueta de uma jovem na Rotunda do Luso, após protesto da Sociedade da Água de Luso.
A empresa considerava que a figura era uma cópia do símbolo comercial que integra os rótulos das garrafas de água do Luso. "Pediram muito delicadamente e aceitámos, Foi tudo politicamente muito correto", reconhece Janine Oliveira.