O Tribunal da Relação do Porto absolveu os quatro médicos que não diagnosticaram um tumor cerebral a uma jovem, de 19 anos, que morreu após ter consultado a médica de família 18 vezes e as urgências do Hospital Padre Américo, em Penafiel, outras 11.
Conta a SIC Notícias, que os juízes desembargadores da Relação do Porto estão em concordância com a juíza do Tribunal de Penafiel que, em julho de 2019, deu como provado que Sara nunca foi sujeita a exames complementares de diagnóstico que permitissem tratar o tumor cerebral, mas que os médicos acusados nunca tiveram intenção de matar a jovem.
Ou seja, tratou-se de um erro de diagnóstico, mas teria de ser um crime doloso para haver condenação.
Ao longo de dois anos, Sara Moreira recorreu aos serviços de urgência do Hospital Padre Américo com fortes dores de cabeça, vómitos, tonturas e perdas de consciência. Durante todos estes meses, nenhum dos clínicos, agora absolvidos, pediu exames de diagnóstico complementares que permitissem detetar uma neoplasia encefálica.
Os médicos atribuíram sempre os sintomas de Sara a crises de ansiedade.
A jovem acabou por morrer, no dia 10 de janeiro de 2013. Só nessa altura, quando foi realizada a autópsia, foi detetado um tumor cerebral com quase dois quilos de peso.