O Conselho Nacional de Saúde Pública, reunido esta quarta-feira com o Governo e com a Direção-Geral de Saúde durante largas horas, recomendou que só devem ser encerradas escolas públicas ou privadas por determinação das autoridades de saúde. Graça Freitas considerou que esta recomendação "faz sentido" e que o encerramento de escolas será feito de forma casuística "analisando o risco, caso a caso, situação a situação".
A decisão final, contudo, cabe ao Governo, que está a analisar a questão em reunião de Conselho de Ministros. Será António Costa a revelar as medidas decididas, esta quinta-feira, ao início da noite.
Enquanto isso, muitos são os que pedem ao chefe do Executivo que tome a posição de encerrar todos os estabelecimentos de ensino.
"Perante a situação acutal do SARS-CoV-2 (coronavírus) que provoca a doença - COVID-19, viemos por este meio pedir o encerramento imediato de todas as escolas e instituições de ensino durante um período de, pelo menos, duas semanas", lê-se na petição pública que já reúne mais de 55 mil assinaturas.
Para os peticionários, "seria uma irresponsabilidade total do Governo deixar estas instituições abertas perante esta situação". "O Governo deve colocar a saúde e a segurança das crianças acima de tudo e tomar medidas rigorosas para evitar a propagação do Covid-19", acrescentam, rematando que Portugal tem uma "infraestrutura de saúde frágil", pelo que "o surto tem de ser abrandado". "Mais vale prevenir que remediar!!A coisa mais lógica seria o encerramento desde já!", lê-se, por fim.
De acordo com o último boletim da DGS, há em Portugal 78 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. A região Norte continua a ser a que regista o maior número de casos confirmados (44), seguida da Grande Lisboa (23) e das regiões Centro e do Algarve, ambas com cinco casos confirmados da doença. O boletim divulgado hoje assinala também que há 133 casos a aguardar resultado laboratorial e 4.923 contactos em vigilância, mais 1.857 do que na quarta-feira.
Esta quinta-feira fica também marcada pela notícia do primeiro doente curado no Hospital de São João no Porto, tendo inclusive este paciente recebido alta hospitalar.