Grupo Horários do Funchal recua e já transporta turistas

O Grupo Horários do Funchal recuou na decisão de não transportar turistas nos seus autocarros por causa da Covid-19, anunciou hoje a empresa.

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Lusa
17/03/2020 15:34 ‧ 17/03/2020 por Lusa

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Covid-19

 

"Tendo em conta que o Grupo Horários do Funchal se encontra a desenvolver todos os esforços para garantir a segurança de colaboradores e utilizadores, nomeadamente com a desinfeção de todos os autocarros, a qual garante a sua eficácia durante uma semana, bem como a já implementada limitação da lotação a 50%, não existe necessidade, por agora, de adotar medidas extraordinárias, pelo que iremos continuar a transportar todos aqueles que se encontrem em território madeirense, garantido que todos têm acesso aos serviços essenciais", refere a empresa numa nota de imprensa.

As empresas Horários do Funchal e Companhia de Carros de São Gonçalo tinham decidido hoje interditar o transporte de turistas nos seus autocarros, estando estes disponíveis apenas às pessoas com Cartão do Cidadão português.

"Face às últimas medidas tomadas pelo Governo Regional da Madeira, e com efeito imediato, informa-se que todos os turistas que não possuam cartão de identificação português, o acesso ao Transporte Público da Horários do Funchal e da Companhia de Carros de São Gonçalo, encontra-se interdito. Pelo que se pede que, sempre que seja solicitado pelo motorista, apresentem o respetivo Cartão do Cidadão", divulgaram na altura as empresas em comunicado.

De qualquer forma, a Horários do Funchal e a Companhia de Carros de São Gonçalo apelam aos utentes para que utilizem o transporte público "em situações estritamente necessárias."

O Governo Regional da Madeira anunciou hoje o primeiro caso de Covid-19 na região, indicando que se trata de uma cidadã holandesa que se encontrava de férias na ilha.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 já infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal há 448 pessoas infetadas até hoje, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS), e a primeira morte registou-se na segunda-feira, tratando-se de um homem de 80 anos, com "várias patologias associadas" que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

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