"Sair do Governo agora é desertar". Se Centeno quiser sair, PR deve vetar

Marques Mendes comentou a eventual saída de Mário Centeno do Executivo nos próximos meses.

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Notícias Ao Minuto
23/03/2020 09:35 ‧ 23/03/2020 por Notícias Ao Minuto

Política

Coronavírus

Luís Marques Mendes comentou, este domingo, no seu habitual espaço de comentário semanal no Jornal da Noite da SIC, a eventual saída de Mário Centeno do Governo para o Banco de Portugal, nos próximos meses.

O social-democrata considerou que se o ministro das Finanças sair do Executivo de Costa estará “a desertar” e o primeiro-ministro não deve aceitar a saída. E, acrescentou Marques Mendes, se António Costa aceitar e a propuser deveria ser o Presidente da República, Marcelo de Sousa, a vetar essa saída.

"Se eu fosse primeiro-ministro não deixava que o ministro das Finanças, este ano, saísse do Governo, nem em julho, nem em agosto, nem em setembro ou outubro, seja quando for porque a crise vai ser longa. Um ministro das Finanças, numa altura de uma crise destas, sair do Governo é mais ou menos a mesma coisa de estarmos no meio de uma guerra e a meio da guerra sair do Governo um ministro da Defesa. Sair do Governo nesta altura não é sair, é desertar e se o primeiro-ministro não recusar isso e apresentar esta proposta de substituição ao Presidente da República eu acho sinceramente que o Presidente da República não devia aceitar e devia vetar", atirou o comentador.

Já sobre as medidas económicas anunciadas pelo Governo para responder à crise provocada pelo novo coronavírus, o antigo líder do PSD salientou que estas são “bem intencionadas”, mas poderão ser “ainda muito insuficientes” e, se não forem alteradas, muitas empresas correm o risco de chegar ao fim do mês sem conseguir pagar salários.

Ainda durante o mesmo comentário, que este domingo foi feito à distância, através do Skype, o Conselheiro de Estado acusou a União Europeia de falta de apoio a Itália.

A Itália está a viver um momento muito grave e a União Europeia não teve, até ao momento, uma expressão de solidariedade como devia e que está a substituir a Europa, nessa manifestação de solidariedade, é a China. "A China que, por um lado, está a ser solidária e, por outro lado, está a aproveitar a oportunidade para fazer política e propaganda, tentando limpar a sua imagem dos maus momentos iniciais que teve neste processo", concluiu Marques Mendes.

Leia Também: AO MINUTO: Governo e parceiros reúnem-se. UE discute 'pausa' nas regras

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