Eduardo Cabrita deu, na manhã desta segunda-feira, uma entrevista à Rádio Renascença. O ministro da Administração Interna referiu que, nesta altura da Páscoa, "vamos ter nas ruas 35 mil efetivos", entre GNR, PSP e SEF em ações de fiscalização para garantir a segurança dos portugueses.
"Vão funcionar em regras de espelho, com alteração do sistema de turnos, de modo a tentar garantir o mínimo de contacto e o máximo de operacionalidade", disse.
Esta vai ser uma festividade diferente, com as famílias separadas, e as autoridades vão estar nas estradas a fiscalizar quem tem realmente uma razão válida para circular. "Há um grande esforço e dedicação das mulheres e homens que estão na linha da frente", sublinhou o governante.
Questionado, Eduardo Cabrita afirmou terem sido 132 mil condutores fiscalizados nos pontos de fronteira com Espanha: "Nós queremos que as mercadorias circulem, isso é fundamental", o mesmo se aplicando às pessoas que têm de se deslocar para trabalhar.
"Há aqui um sentido de grande responsabilidade. Quase todas as pessoas agradecem o incómodo e percebem que quem está ali está a trabalhar pela saúde de segurança de todos", frisou.
Já quanto a infeções pelo novo coronavírus, Eduardo Cabrita revelou que, acordo com os últimos números, "são exatamente 100 efetivos militares entre PSP e GNR". Há ainda a inoperacionalidade de 630 militares e agentes devido a esta pandemia.
Morte de cidadão ucraniano no Aeroporto de Lisboa
O ministro da Administração Interna falou ainda sobre o caso de um cidadão ucraniano que, alegadamente, foi morto por três elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. "Este é um caso inaceitável e é uma vergonha para um país que é um exemplo de como bem tratar migrantes, bem acolher", começou por referir.
Este processo "está em investigação criminal", com o governante a asseverar ainda que "o essencial é o rápido apuramento das responsabilidades". "As decisões administrativas foram tomadas de imediato e haverá mudanças profundas daquilo que é o funcionamento dessa estrutura para pessoas que são impedidas de entrar no país", disse.
Quanto à questão do Cruzeiro Fantasia, que atracou em Lisboa com passageiros de diversas nacionalidades, Eduardo Cabrita explicou que "ainda este fim de semana saiu mais um charter com tripulantes" e agora está-se "numa fase final em que vamos dar um prazo curto à empresa para retirar mais tripulantes ou se o barco sai".
Este prazo curto "está a ser tratado" mas "ninguém vem a terra". "Estamos em diálogo", concluiu.
[Notícia atualizada às 09h04]