Portugal defende manutenção das missões militares da UE com ajustes

O ministro da Defesa português defendeu que as missões militares da União Europeia devem manter-se, com ajustamentos, e pediu maior coordenação do esforço europeu no combate à pandemia de covid-19, numa reunião com homólogos europeus, foi hoje anunciado.

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Lusa
07/04/2020 16:23 ‧ 07/04/2020 por Lusa

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Coronavírus

"Portugal defendeu a importância de manter, ainda que com os necessários ajustes, as missões militares da União Europeia - uma delas, a EUTM Mali é atualmente comandada por um general português - e uma maior coordenação do esforço europeu no combate à pandemia", adiantou o Ministério da Defesa Nacional, em comunicado hoje divulgado.

A reunião, que decorreu na segunda-feira por videoconferência, foi convocada pelo Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança Comum, Josep Borell, para analisar as implicações militares da atual pandemia da covid-19.

De acordo com o Ministério da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho "reiterou a intenção de Portugal continuar a partilhar ativamente informação com os seus parceiros e aliados sobre o contributo das Forças Armadas no contexto dos esforços nacionais".

Por outro lado, disse que estão em curso contactos com a Alemanha e com a Eslovénia, países que compõem, com Portugal, o próximo trio de presidências da União Europeia, para introduzir "algumas mudanças" no respetivo programa.

"Os ministros acordaram na necessidade de preservar as missões/operações militares da União Europeia", no "aperfeiçoamento dos mecanismos de partilha de dados e de boas práticas", na necessidade de combater a desinformação sobre a pandemia e na conveniência de uma reflexão, nas sedes próprias, sobre o impacto a médio e longo prazo da covid-19, lê-se, no comunicado.

A reunião contou também com a participação dos generais Claudio Graziano, presidente do Comité Militar da União Europeia e Esa Pulkkinen, presidente do Estado-Maior da União Europeia.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%).

 

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