O Infarmed já reagiu às acusações da organização sem fins lucrativos belga Affordable Medicines Europe que, esta segunda-feira, disse que Portugal é um dos Estados-membros da União Europeia que faz armazenamento excessivo de medicamentos essenciais ao tratamento da Covid-19 e que estão em falta noutros países.
Em entrevista à Reuters, Kasper Ernest, responsável da organização, que supervisiona a circulação e comércio entre empresas farmacêuticas grossistas, afirmou que Portugal e Áustria são dois dos países que acumulam excessivamente medicamentos, numa altura em que vários hospitais europeus estão a enfrentar ruturas de stock.
Em resposta a esta denúncia de ‘açambarcamento’, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde garantiu que durante todo o processo de aquisição de medicamentos, no âmbito da pandemia do novo coronavírus, Portugal adotou uma postura de “total transparência e disponibilidade para articular com todos os parceiros europeus da área do medicamento”.
Nesse sentido, atirou o Infarmed, “falar em açambarcamento é um total absurdo”, garantindo que está "a monitorizar em permanência, a utilização e o abastecimento de medicamentos em meio hospitalar e em meio ambulatório, bem como (...) os stocks dos medicamentos que fazem parte da Reserva Estratégica Nacional, em todas as entidades do circuito do medicamento, de modo a garantir que as terapêuticas estão disponíveis para prestar os cuidados de saúde necessários a quem deles necessite".