Numa nota, o movimento considerou que a atual crise é "o momento" de tomar decisões "e começar a fazer aquilo que a saúde pública e a sustentabilidade dos lisboetas e do planeta exigem".
"O seu uso durante a pandemia de covid-19 é seguro e não aumenta o risco de contágio de utilizadores nem de outras pessoas no espaço público, desde que asseguradas as recomendações da Direcção-Geral da Saúde", considerou.
Numa nota, a associação apela à CML que reduza, "de forma temporária ou permanente", o número de vias nos eixos viários em meios urbanos com mais do que uma via de trânsito em cada sentido, "por forma a promover a acalmia do tráfego motorizado e consequente redução do risco rodoviário para todos".
Sugere, nomeadamente, esta medida para eixos como a Avenida de Roma, Avenida Almirante Reis, Avenida 24 de Julho, Avenida da Índia, Avenida de Berna, Avenida Lusíada, Avenida Egas Moniz e Avenida Gago Coutinho.
Estas vias libertadas, na proposta da MUBI, deveriam servir como "corredores sanitários, de forma a garantir um maior distanciamento físico aos cidadãos que circulam a pé ou de bicicleta".
A associação defende ainda que o limite máximo de velocidade na cidade seja reduzido para 30 quilómetros por hora, "com exceção de vias de nível 1".
Para aumentar o uso de meios de transporte alternativos ao automóvel particular, sugere que as bicicletas partilhadas do sistema GIRA sejam temporariamente gratuitas para todos os utilizadores e que sejam feitos acordos com os operadores privados de micromobilidade, que permitam condições mais vantajosas de utilização dos seus serviços.
A MUBI pede também que "as partes ainda em falta do plano de expansão da rede ciclável de Lisboa sejam colmatadas com ciclovias temporárias de emergência" e que os troços de ciclovias colocados erradamente no passeio sejam "deslocadas para o espaço rodoviário".
A MUBI apela ainda que a CML monitorize o efeito destas medidas e que utilize estes dados "para sustentar medidas mais perenes de transformação do espaço público do concelho de Lisboa em favor dos modos ativos, dos cidadãos e da qualidade do ar".