PS pede que não se confunda aumento de contágios com segunda vaga
O PS defendeu hoje que não se poderá confundir um esperado aumento do número de contágios, na sequência da adoção progressiva de medidas de levantamento das restrições, com uma segunda vaga da pandemia de covid-19.
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País Covid-19
Esta mensagem foi transmitida pelo secretário-geral adjunto dos socialistas, José Luís Carneiro, no final da reunião com epidemiologistas sobre a situação do país face à pandemia de covid-19, no Infarmed, em Lisboa, na qual estiveram presentes o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, o primeiro-ministro, António Costa, e líderes partidários.
José Luís Carneiro considerou que os dados relativos a Portugal "são positivos porque se verifica uma redução do contágio, do número de acessos às unidades hospitalares e de recurso às unidades de cuidados intensivos".
"Contudo, é expectável que, com a progressiva saída do confinamento, se produza um aumento do contágio que obriga a que os comportamentos individuais e coletivos assumam ainda uma outra responsabilidade. Compete ao Estado criar todas as condições para apoiar e proteger, mas nada dispensa os comportamentos sociais e coletivos de responsabilidade", frisou.
O secretário-geral adjunto do PS defendeu também que não se poderá confundir o aumento expectável do contágio a partir do momentos em que os contactos sociais aumentem em resultado do desconfinamento com aquilo que se espera desde a primeira hora, uma segunda vaga de contágios por volta do outono".
"São coisas distintas. As medidas de desconfinamento serão alvo de um acompanhamento quinzenal para verificar se o processo de levantamento gradual das restrições deve continuar, ou se, pelo contrário, importa recuar em relação a algumas das medidas adotadas", referiu, tendo ao seu lado a presidente do Grupo Parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, e o dirigente socialista Porfírio Silva.
José Luís Carneiro apontou ainda que o confinamento social coloca "problemas graves do ponto de vista da saúde pública, designadamente nos comportamentos aditivos" e deixou um alerta: "Temos de combater todas as tentativas de preconceitos ou de comportamentos estigmatizantes, desde logo em relação aos doentes e àqueles que são infetados".
"Temos todos de contribuir para evitar clivagens, sejam elas geográficas, de idades, de rendimentos ou com a saúde", acrescentou.
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