Marta Temido disse este sábado, em entrevista à SIC, que "há muita gente interessada em confundir os portugueses" no que toca ao uso das máscaras.
Questionada sobre se entrevistada e entrevistado não estariam mais protegidos usando esse equipamento, Marta Temido respondeu que não. "Porque neste caso estamos a uma distância em que, em princípio, nada daquilo que é o nosso contacto acontece", justificou.
Questionada sobre se aconselha os portugueses a usar máscara ou não, a ministra foi perentória. "Claramente sim, nas situações em que isso está recomendado: circulação em espaços fechados, em espaços com muitas pessoas - transportes públicos, supermercados, lojas onde venha a haver muitas pessoas".
A ministra lembrou que "não era a nossa situação hoje" e que "hoje não vale a pena dizer aos portugueses para usarem máscaras se lhes estou a dizer para ficarem em casa". "Parece-me claro, parece-me evidente. Parece-me que há muita gente interessada em confundir os portugueses", apontou.
A ministra defendeu ainda estar no cargo para "fazer um serviço público e para esclarecer os portugueses".
Nesse sentido, prosseguiu, "o que eu pretendo dizer é o seguinte: até aqui, os portugueses tinham determinadas indicações para a utilização de máscaras, a partir de segunda-feira a nossa vida vai retomar alguma normalidade e as pessoas vão voltar a fazer coisas que tinham deixado de fazer e têm de ter cautelas adicionais. E a máscara é uma cautela complementar", sustentou, admitindo ser uma "preocupação" que estes equipamentos não faltem nas superfícies comerciais, onde, de resto, já estão à venda. "Estamos muito apostados que a nossa indústria nacional responda", disse.
De lembrar que a partir de segunda-feira, dia 4, com a retoma de algumas atividades, o uso de máscara em locais fechados passa a ser obrigatório, estando prevista uma coima para quem não o faça nos transportes públicos (multas que podem ir dos 120 aos 350 euros).