"Não é tarde para realizar o rastreio" nas escolas, insiste a FENPROF

A FENPROF dá o exemplo da autarquia de Vila Real, que realizou testes à Covid-19 nos trabalhadores docentes e não-docentes e evitou que uma profissional infetada retomasse o trabalho no dia 18 de maio, aquando da reabertura das escolas.

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Filipa Matias Pereira
20/05/2020 17:35 ‧ 20/05/2020 por Filipa Matias Pereira

País

Covid-19

Regressaram, na passada segunda-feira, às escolas os alunos dos 11.º e 12.º anos de escolaridade. A Câmara Municipal de Vila Real decidiu testar todos os trabalhadores docentes e não-docentes e um deles deu, aliás, resultado positivo para a Covid-19. "Veremos se a não realização de testes antes da abertura de escolas [a nível nacional] terá sido a melhor opção", diz a FENPROF.

Os testes realizados pela autarquia de Vila Real permitiram que a pessoa infetada não se apresentasse ao serviço no dia 18 de maio, como seria de esperar.

Já em Linda-a-Velha, no concelho de Oeiras, uma funcionária não-docente, que tinha apresentado sintomas, continuou a trabalhar na Escola Secundária Amélia Rey Colaço até ser conhecido o resultado do teste à Covid-19.

Defende a FENPROF, em comunicado enviado às redações, que se exige a esta escola de Oeiras "que sejam tomadas todas as medidas previstas pela DGS, que impõem o isolamento de quem contactou com a trabalhadora e, no mínimo, a realização de testes a toda a comunidade escolar".

Apesar da insistência da FENPROF para que fossem realizados testes à comunidade escolar antes do regresso às aulas a nível nacional, como aconteceu nas creches, "o Governo considerou não haver razões para a sua realização".

"Imprudentemente", continua a Federação Nacional dos Professores, "o Governo decidiu não o fazer. Veremos se a estratégia de ir sabendo a 'conta-gotas' será a que mais contribui para a confiança das pessoas e para garantir a segurança sanitária de todos. Em França, essa opção já levou ao encerramento, de novo, de 70 escolas. A FENPROF espera sinceramente que não venha a suceder situação idêntica em Portugal".

Considera ainda a organização sindical que "não é tarde para realizar o rastreio. Ele continua a ser indispensável para permitir identificar, de imediato, eventuais casos positivos, em vez de se aguardar que surjam, já com sintomas, dentro da comunidade escolar, daí podendo ser transmitidos para as famílias e para a sociedade. É uma questão de rigor, de precaução e de confiança social".

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