"Temos feito um esforço no sentido de efetuar os pagamentos em atraso, mas reconheço que, nesta fase difícil, tivemos de alocar recursos para outras atividades, o que fez com pudessem ter atrasado", disse António Lacerda Sales, na conferência de imprensa sobre o ponto de situação diário da pandemia no país
O governante adiantou que já foram pagos "mais de 56 milhões de pagamentos à Rede Nacional de Cuidados Continuados", desde o início do ano.
Questionado sobre as dívidas por pagar, que estão a dificultar o trabalho das instituições sociais no combate à pandemia de covid-19, respondeu que "dentro do possível [a tutela vai] normalizar os pagamentos".
Portugal contabiliza 1.277 mortos associados à covid-19 em 29.912 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 14 mortos (+1,1%) e mais 252 casos de infeção (+0,8%).
Das pessoas infetadas, 608 estão hospitalizadas, das quais 92 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados mantém-se nos 6.452.
Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
O Governo aprovou novas medidas que entraram em vigor na segunda-feira, entre as quais a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.
O regresso das cerimónias religiosas comunitárias está previsto para 30 de maio e a abertura da época balnear para 06 de junho.