"É um tempo de espera suficientemente seguro para que o residente ou o visitante possam seguir a sua vida e desfrutar da sua permanência na Região Autónoma da Madeira", afirmou o governante, em videoconferência de imprensa, no Funchal.
Pedro Ramos sublinhou que o passageiro não terá de aguardar pelo resultado no aeroporto, sendo este comunicado posteriormente.
O secretário da Saúde explicou ainda que durante o mês de junho se mantém a situação de calamidade no arquipélago da Madeira, bem como o regime de quarentena obrigatória em unidades hoteleiras para quem não apresentar um teste negativo à chegada.
A partir de 01 de julho, o regime de quarentena será substituído pela obrigatoriedade de apresentar ou realizar um teste à covid-19 após o desembarque na Madeira ou no Porto Santo.
Pedro Ramos adiantou, por outro lado, que o executivo regional, de coligação PSD/CDS-PP, está a tentar ultrapassar o facto de, presentemente, as requisições para a realização de testes à doença emitidas pelo Serviço Regional de Saúde (SRS) não serem válidas no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"Com as novas medidas em relação à evolução da pandemia de covid-19, estamos também a tentar articular com o Serviço Nacional de Saúde e com os laboratórios [nacionais] no sentido de verificarmos se as requisições da parte dos médicos da Região Autónoma da Madeira poderão ser utilizadas no continente", disse.
Ainda assim, "alguns laboratórios" no continente já realizam o exame mediante apresentação da requisição do serviço regional e, segundo o governante, a situação será ultrapassada a partir de julho, quando o executivo iniciar a testagem, sem custos para os passageiros, residentes ou turistas.
"A partir do momento que tivermos toda a nossa operação montada nos aeroportos da Madeira e do Porto Santo, todos os testes poderão ser feitos na região, com a ida para o domicílio ou para o hotel se o resultado for negativo", reforçou.
No início desta semana, o deputado do PS/Madeira na Assembleia da República Carlos Pereira solicitou uma reunião com secretário de Estado da Saúde para abordar a problemática das requisições.
O deputado mostrou-se surpreendido por não serem válidas ao nível nacional, pois considera que a situação já estaria ultrapassada com uma proposta aprovada no Orçamento do Estado de 2017, em que passaria a haver troca de benefícios entre os dois serviços de saúde.
O arquipélago da Madeira não regista casos de covid-19 há 23 dias consecutivos, mantendo o total de 90 infeções, já com 73 doentes recuperados, mais dois do que na quinta-feira, informaram hoje as autoridades de saúde.
Em Portugal, morreram 1.383 pessoas das 31.946 confirmadas como infetadas, e há 18.911 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 360 mil mortos e infetou mais de 5,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,3 milhões de doentes foram considerados curados.