"A igreja, com sabedoria de milénios, deu exemplo ao povo português"

Marcelo Rebelo de Sousa considerou, este domingo, que não foi posta em causa a liberdade religiosa durante a pandemia de Covid. O chefe de Estado deixou ainda uma mensagem de cautela dirigida aos mais jovens.

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Filipa Matias Pereira
31/05/2020 11:44 ‧ 31/05/2020 por Filipa Matias Pereira

País

Covid-19

Depois de, no sábado, terem sido retomadas as cerimónias religiosas comunitárias, Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se, na manhã deste domingo, à missa de Pentecostes na Sé em Lisboa. "A igreja, com sabedoria de milénios, deu exemplo ao povo português", vincou o Presidente, aproveitando ainda para deixar uma mensagem aos jovens. 

Considerou o chefe de Estado que este regresso é "difícil", já que, devido à pandemia de Covid-19, "há regras, distanciamentos, comportamentos diferentes, o uso de máscaras durante toda a celebração e cuidados na entrada e na saída".

Marcelo Rebelo de Sousa citou, neste contexto, D. Manuel Clemente, de acordo com o qual, o regresso dos fiéis "é um sinal de vivência da fé muito forte, com cautela, prudência, cuidado". E, acrescentou, "as confissões religiosas, e os católicos de forma especial, foram exemplares".

Para o chefe de Estado, durante o período em que o país viveu em Estado de Emergência e de Calamidade, a liberdade religiosa não foi posta em causa. "Tudo foi acertado com as confissões religiosas. O reinício revelou preocupação de não precipitação. Preferiu-se organizar bem o regresso. A igreja, com sabedoria de milénios, deu exemplo ao povo português".

Em declarações aos jornalistas, o Presidente deixou ainda um apelo aos mais jovens neste desconfinamento: "Os que trabalham na construção civil, comércio e indústria estão expostos. Mas não faz sentido que jovens estejam a organizar festas com centenas de pessoas muito próximas. Eu sei que eles têm a sensação que não correm riscos, mas podem transportar riscos para os outros".

As normas sanitárias, lembrou ainda, "devem valer para todos", seja em "bairros periféricos de Lisboa para evitar riscos", seja em sociedade, "em que se pede aos jovens que verdadeiramente se dispensem de ir longe demais, com risco para os outros".

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