O apelo foi deixado por Graça Freitas na conferência de imprensa diária sobre a pandemia de covid-19, em que fez questão de assinalar o Dia Mundial da Criança, em que se celebram os seus direitos, nomeadamente de "ter resposta às suas necessidades e de terem um desenvolvimento harmonioso e saudável".
"Portanto, queremos aqui deixar claro que tudo o que diz respeito ao universo das crianças deve manter-se na área da saúde, desde as consultas pré-concecionais, à gestação, à altura do parto, ao nascimento, à saúde infantil, ao teste do pezinho que é tão importante", declarou.
Mas o "grande apelo" é à vacinação: "não há nenhum motivo neste momento para que as crianças não tenham as suas vacinas atualizadas".
"A vacina evita muitas doenças, algumas delas graves, e, portanto, nesta altura a última coisa que nós queremos ter é surtos de outras doenças", salientou.
Graça Freitas assegurou ainda que os centros de saúde estão preparados para receber as crianças. "É preferível marcar, obviamente, para evitar filas e aglomerados, mas tirando este pequeno conselho tudo o resto está feito em segurança para as poder vacinar".
O pedido de Graça Freitas estende-se à realização das consultas de vigilância da saúde das crianças e do teste do pezinho, porque "é um teste diagnóstico muito importante".
Apesar de o mundo viver tempos de pandemia, a diretora-geral da Saúde disse que as crianças têm "direito a brincar, têm direito a aprender, têm direito a divertir-se", desde que seja em segurança.
"Tudo isso pode ser feito em segurança. Portanto, podem ser levadas a passear ao ar livre ou a fazer jogos, ir à praia, a conviver com os mais velhos desde que mantenham a etiqueta respiratória, a distância física, a máscara", realçou.
Podem também "aprender a demonstrar afeto de outra forma, cantando com os avós, jogando, brincando, mas evitando, tal como os adultos, o contacto físico, evitando tossir ou espirrar para outros ou mexer em objetos".
"Vamos tentar com a retoma das creches do pré-escolar dos meninos mais velhos (...) voltar a alguma normalidade", rematou a diretora-geral da Saúde.
Portugal contabiliza pelo menos 1.424 mortos, mais 14 do que no domingo, associados à covid-19 em 32.700 casos, mais 200, confirmados de infeção, segundo a DGS.
O número de pessoas hospitalizadas desceu de 474 para 471, das quais 64 se encontram em unidades de cuidados intensivos.
O número de doentes recuperados é de 19.552.