"É importante salientar que o turismo representa cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) regional e que os visitantes do Reino Unido são uma das três origens mais importantes dos turistas que viajam para a Região Autónoma da Madeira anualmente", refere Ireneu Barreto, em carta enviada ao ministro e divulgava no seu 'site' oficial.
O representante da República manifesta "enorme preocupação" com a possibilidade de o Governo do Reino Unido poder excluir Portugal da lista dos países para os quais os britânicos podem viajar sem terem de se sujeitar a uma quarentena obrigatória no regresso ao país.
"Esta exclusão, se é grave e imerecida para os interesses do nosso país, irá traduzir-se principalmente num imenso prejuízo para as regiões portuguesas, como a Madeira e Porto Santo, nas quais a indústria turística é a principal atividade económica", sublinha.
Ireneu Barreto pede, por isso, a intervenção do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, no sentido de defender a região autónoma como "destino seguro" para os nacionais britânicos.
O representante da República sublinha que o arquipélago da Madeira é a única região de Portugal em que a covid-19 não provocou óbitos até à data e onde nunca houve qualquer foco de contágio comunitário ativo.
A Madeira continua com dois casos ativos de covid-19 dos 92 notificados desde 16 de março, 90 dos quais já recuperados, revelou esta quinta-feira o Instituto de Administração da Saúde.
"No momento em que regressa gradualmente a normalidade possível e os transportes aéreos e marítimos entre a região e o exterior retomam a regularidade, será desejável e merecido que estes bons resultados no combate à pandemia possam ser destacados, conferindo à Madeira a qualidade de destino seguro para todos os muitos turistas que nos visitam, e dos quais a economia local tanto precisa", salienta Ireneu Barreto.
Em Portugal, morreram 1.587 pessoas das 42.782 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 516 mil mortos e infetou mais de 10,71 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.