Voos para repatriar angolanos de Portugal têm início na terça-feira
Os voos humanitários para trazer os cerca de 7 mil angolanos retidos em Portugal devido ao fecho de fronteiras no seu país vão ter início na próxima terça-feira, anunciou o secretário de Estado para a Saúde Pública angolano.
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País Covid-19
Franco Mufinda, que falava no habitual balanço epidemiológico diário sobre a covid-19, indicou igualmente que chegaram hoje ao país 270 angolanos provenientes do Brasil, entre os quais 27 crianças.
O responsável da Saúde não detalhou quantos angolanos deverão regressar de Portugal na terça-feira.
O Governo angolano tinha anunciado, na quarta-feira, que Portugal seria o próximo destino de repatriamento para os angolanos que querem regressar ao seu país, cujas fronteiras foram encerradas a 20 de março devido à pandemia de covid-19, mas sem avançar datas.
Segundo o ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião, que é também coordenador da comissão multissetorial de combate e prevenção da covid-19, cerca de 7.000 angolanos aguardam em Portugal para ser repatriados.
"O próximo destino será Portugal. Como sabem temos uma comunidade à espera do regresso de cerca de 7.000 cidadãos", o que vai representar um esforço elevado em termos financeiros e de meios de transportes, adiantou.
"Estão em condições bastante difíceis, reconhecemos isto. Não imagino estar três, quatro meses fora de casa e sem recursos para sobreviver", sublinhou o general Pedro Sebastião.
Depois disso será dada atenção a outros núcleos de angolanos que estão espalhados pela Europa e pelo mundo, como Dubai, disse na mesma altura.
Angola anunciou hoje mais 31 casos de covid-19 aumentando o número total para 607, dos quais 28 óbitos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 584 mil mortos e infetou mais de 13,58 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em África, há 14.042 mortos confirmados em mais de 645 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de infeções e de mortos (2.350 casos e 51 mortos), apesar de ter revisto em baixa os casos após vários dias sem atualizações, seguida da Guiné-Bissau (1.842 casos e 26 mortos), Cabo Verde (1.894 casos e 19 mortos), Moçambique (1.383 casos e nove mortos), São Tomé e Príncipe (736 casos e 14 mortos) e Angola (607 infetados e 28 mortos).
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