"A precipitação que se tem sentido em Portugal e as descargas das barragens e afluentes da bacia hidrográfica do Tejo gerou um aumento considerável dos níveis hidrométricos e caudais do rio Tejo e seus afluentes", indica a Proteção Civil em comunicado.
Nesse sentido, e "de acordo com a informação recebida da APA e EDP Produção para a bacia do Tejo, prevê-se a continuação do aumento dos caudais debitados", acrescenta.
Na mesma nota informativa, enviada ao início da tarde, o comando regional da Proteção Civil de Lisboa e Vale do Tejo, instalado em Almeirim (Santarém) indica prever, "pela informação disponível", o "aumento dos caudais debitados pelas barragens, o que potencialmente contribuirá para um aumento dos níveis registados" no rio Tejo.
"Atendendo ainda aos avisos meteorológicos e estado de alerta especial para precipitação para a sub-região da Lezíria do Tejo e para as restantes sub-regiões, é expectável um agravamento dos caudais com consequente influência" na bacia do Tejo, sublinha a Proteção Civil, tendo indicado "constrangimentos" em alguns municípios.
De acordo com a informação dos Comandos Sub-Regionais da Lezíria do Tejo e Médio Tejo, que estão a monitorizar a situação, verificam-se hoje constrangimentos no município de Abrantes, nomeadamente com "submersão da estação de canoagem em Alvega", e em Constância, onde se verifica a "submersão de 30% do parque de estacionamento" junto ao rio Zêzere.
Já no município de Torres Novas, a Proteção Civil alerta para a submersão da Estrada Municipal (EM) 570, entre Riachos e Golegã, e, no município de Santarém, para a submersão da Estrada Nacional (EN) 365-4 - Ponte dos Alcaides.
Já no município de Coruche, a subida das águas causou o galgamento das margens do Sorraia nas zonas de menor cota e a submersão do desvio à Ponte da Escusa e à Ponte da Amieira.
A Proteção Civil distrital de Santarém aconselha precaução à população e solicita aos órgãos de comunicação social para que "continuem a alertar a população para as medidas de autoproteção" em caso de cheias.
As autoridades pedem à população para retirar das zonas confinantes das linhas de água, normalmente inundáveis, equipamentos agrícolas, industriais, viaturas e outros bens, retirar os animais para locais seguros, não atravessar, com viaturas ou a pé, estradas ou zonas alagadas e que desenvolvam as ações necessárias para a sua proteção, da família e bens.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, através do Comando Regional de Lisboa e Vale do Tejo, e em particular o Comando Sub-regional da Lezíria do Tejo e o Comando Sub-regional do Médio Tejo, indica ser "expectável nas próximas horas um aumento dos caudais do rio Tejo", situação que continuará "a acompanhar", em articulação com as demais entidades.
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