Portugal e Marrocos de acordo sobre reforço do combate à migração ilegal
O ministro da Administração Interna e o seu homólogo marroquino manifestaram hoje acordo sobre a necessidade de reforçar a cooperação entre os dois países no combate à migração ilegal.
© Governo - João Bica
País Migrações
Em comunicado, o Ministério da Administração Interna (MAI) afirma que durante a reunião que juntou hoje por videoconferência os dois governantes, Eduardo Cabrita e Abdelouafi Laftit discutiram a chegada de migrantes marroquinos ao Algarve nos últimos meses.
Segundo o MAI, os ministros sublinharam a necessidade de manter e intensificar a cooperação, entre os dois países e no quadro das relações entre Marrocos e a União Europeia, no que respeita ao "domínio da prevenção e combate à migração irregular e ao tráfico de seres humanos".
Em causa, estava a chegada a Portugal de um grupo de 21 migrantes, oriundos de Marrocos, intercetados já no areal da Ilha do Farol, em 21 de julho, tratando-se já do quinto grupo de migrantes a chegar ao Algarve desde dezembro de 2019.
Além de concordarem sobre o reforço da prevenção e combate à migração ilegal, os governantes manifestaram-se igualmente de acordo sobre a importância de concluir as negociações para um acordo de migração legal entre Portugal e Marrocos.
O MAI adianta que Eduardo Cabrita e Abdelouafi Laftit discutiram também a atualização, já em curso, do acordo do Proteção Civil entre os dois países, sublinhando a sua importância na assistência mútua em situações de emergência.
Na lista de temas que estiveram em discussão, acresce o reforço da cooperação entre Portugal e Marrocos, através de um Memorando de Entendimento, entre a Guarda Nacional Republicana e a Gendarmerie Royale.
O contexto atual da pandemia da covid-19 esteve também em cima da mesa e os dois ministros manifestaram vontade em retomar, assim que possível, as ligações aéreas diretas entre Portugal e Marrocos.
Da parte do Governo português, Eduardo Cabrita deixou um convite ao ministro do Interior de Marrocos para visitar Portugal "assim que as circunstâncias o permitirem", adianta ainda o MAI.
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