Elvira Fortunato foi distinguida com este prémio pela criação do primeiro ecrã transparente com materiais ecossustentáveis.
Numa nota publicada no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa felicita a cientista portuguesa por este "trabalho inovador e de grande significado na área dos materiais".
Segundo o Presidente da República, "este prémio enaltece ainda mais uma carreira por todos reconhecida como pioneira e notável, mostrando a importância da investigação fundamental e da sua capacidade para dar contributos de grande significado para múltiplas áreas económicas e sociais".
Na mesma nota, "o Chefe de Estado aproveita para felicitar todos os colaboradores da professora Elvira Fortunato e todas as instituições que a apoiaram ao longo dos anos"
"O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa gostaria ainda de salientar o significado do prémio enquanto reconhecimento da ciência portuguesa e da afirmação do papel das mulheres cientistas", lê-se na mensagem.
O Prémio Impacto Horizonte da Comissão Europeia, no valor de 10 mil euros para cada premiado, distingue projetos científicos financiados por fundos europeus com impacto na sociedade. Hoje, em Bruxelas, foram anunciados os cinco vencedores da edição deste ano.
Elvira Fortunato, investigadora, que dirige o Cenimat - Centro de Investigação de Materiais, da Universidade Nova de Lisboa, da qual é vice-reitora, foi a única portuguesa entre os cientistas distinguidos.
O projeto "Invisible" (Invisível), com o qual foi premiada, consistiu no desenvolvimento do primeiro ecrã transparente a partir de um material semicondutor de baixo custo, não degradável e que produz melhores resultados, o óxido de zinco, que entra na composição de pomadas para bebés ou protetores solares.
A tecnologia, patenteada pela diretora do Cenimat e pela "gigante" eletrónica Samsung, é aplicável a telemóveis, televisores, computadores ou 'tablets', permitindo obter imagens de maior resolução.
Segundo Elvira Fortunato, pioneira na eletrónica transparente, o projeto representou uma "revolução na área dos materiais semicondutores", com recurso a "tecnologias amigas do ambiente", que não desperdiçam tanta energia.
O "Invisible" foi financiado em 2,25 milhões de euros pelo Conselho Europeu de Investigação, agência da Comissão Europeia que apoia a investigação científica, nomeadamente através de bolsas.
O projeto foi desenvolvido durante cinco anos, entre 2009 e 2014.