A autarquia do distrito de Faro justificou a decisão em comunicado, apontando o facto de a organização "não ter condições para assegurar o respeito pelas regras de prevenção da covid-19 elencadas pela Direção-Geral da Saúde, assim como pelas medidas impostas pelo Governo, no que concerne sobretudo ao distanciamento social e à prevenção de ajuntamentos dentro e fora do recinto".
Para a Câmara, a decisão de cancelar os festejos carnavalescos em 2021 "releva a necessidade de proteger a população a nível sanitário, assim como de salvaguardar a economia local, prevenindo o surgimento de novos surtos que poderiam resultar em mais períodos de confinamento".
A preparação e produção do evento integra dezenas de pessoas ao longo de três meses, além de 600 figurantes e 14 carros alegóricos durante os três dias de festejos.
Reivindicando o título de mais antigo Carnaval do país, com 114 anos, o evento acolheu na edição deste ano cerca de 60 mil pessoas ao longo dos três dias, sendo considerado como uma importante fonte de dinamização da economia local.
O cancelamento do desfile do Carnaval junta-se a outras medidas tomadas por aquela autarquia do Algarve para manter a segurança da população, devido ao desconhecimento da evolução da pandemia provocada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), no início de 2021.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e cinquenta e um mil mortos e mais de 35,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.040 pessoas dos 81.256 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.