A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) divulgou, esta sexta-feira, dois relatórios relativos à Condução sob a Influência de Álcool e aos Exames Toxicológicos a condutores em Portugal.
No que diz respeito às conclusões sobre o excesso de álcool na estrada, é sublinhado que os acidentes em que "pelo menos um dos condutores apresentava uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 0,50g/l, causaram "mais de um quinto (20,9%) do número global de mortes" nas estradas entre 2010 e 2019. Contudo, estes acidentes representam apenas 6% do número total das ocorrências rodoviárias.
Durante o mesmo período, o número de ações de fiscalização para deteção do estado de influência pelo álcool aumentou exponencialmente, verificando-se mais 61,6% destas operações e "uma diminuição de 20,9% no número de infratores".
Ou seja, segundo este relatório, "registou-se uma diminuição de 50% no número de condutores fiscalizados com taxa de álcool no sangue igual ou superior a 0,50g/l. Ainda assim, a percentagem de infratores com com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2g/l, aumentou em 11,1% no mesmo período.
No ano passado, a maior incidência de taxa de álcool no sangue igual ou superior a 0,50g/l observou-se nos "condutores de idade igual ou superior a 50 anos (29,3%)", e a taxa de infratores mais elevada verificou-se "nos condutores com idade igual ou superior a 50 anos e nos jovens de 21 a 29 anos (ambos com 2,0%)".
No que diz respeito às conclusões do Relatório de Exames Toxicológicos - elaborado com base nos resultados de quantificação da taxa de álcool no sangue, rastreio e confirmação de substâncias psicotrópicas, realizadas pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses - destaca-se que, em 2019, "37% dos condutores autopsiados tinham taxas de álcool no sangue iguais ou superiores a 0,5g/l" e "13,3% dos condutores autopsiados revelaram a presença de substâncias estupefacientes ou psicotrópicas".