Tempo de isolamento e quarentena reduzidos? Nenhum, esclarece ministra

A ministra da Saúde, Marta Temido, esclareceu hoje que o período de isolamento profilático para pessoas infetadas com o novo coronavírus não foi alterado, mas sim o critério da alta clínica.

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Lusa
14/10/2020 17:55 ‧ 14/10/2020 por Lusa

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Covid-19

"A quarentena não foi alterada em termos de período de tempo, há outros países que, de facto, estão a praticar outros períodos de quarentena mais reduzidos, mas nós temos vindo a ser cautelosos neste aspeto", disse, na conferência de imprensa de atualização da situação da pandemia de covid-19 em Portugal.

"O que foi alterado foi o critério da alta clínica", ou seja, o critério para que um doente que foi confirmado com a doença Covid-19 possa ter alta clínica, aí é que houve, em linha com a evidência científica, uma alteração, frisou.

"Nos casos em que há doença ligeira ou moderada confirmada por testes essa alta clínica passa a poder acontecer aos dez dias desde que se verifiquem duas condições, nomeadamente a ausência de febre e a melhoria dos eventuais sintomas durante três dias consecutivos", disse Marta Temido.

A ministra realçou que alta clínica não é a mesma coisa que quarentena, ou isolamento profilático, tendo existido alguma confusão sobre estes aspetos, após a publicação hoje de uma atualização a uma norma da Direção-geral da Saúde.

Marta Temido recordou que quarentena é o período de isolamento profilático em que são colocadas as pessoas que não têm doença ou que têm suspeitas e estão a aguardar se têm ou não Covid-19.

Por seu lado, a alta clínica é o fim das medidas de isolamento para doentes com Covid-19, observou.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e oitenta e sete mil mortos e mais de 38,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.117 pessoas dos 91.193 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

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