Portugal começa a semana com a previsão de vento intenso e precipitação forte e persistente. Em causa está a depressão Bárbara, que irá afetar o país já a partir da tarde desta segunda-feira. Perante esta previsão, 13 distritos de Portugal continental vão estar em aviso laranja. 

A depressão, que deverá manter-se até ao final de terça-feira, 'traz na bagagem' precipitação forte, aumento da intensidade do vento com rajadas até 100 quilómetros por hora e até 130 quilómetros por hora nas terras altas e agitação marítima, em especial na costa da região sul.

Este cenário levou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a colocar todos os distritos do continente sob aviso amarelo até às 18h00. A partir dessa hora e até às 3h00 de terça-feira, os distritos de Viana do Castelo, Porto, Aveiro, Braga, Vila Real, Bragança, Viseu, Coimbra, Guarda, Castelo Branco, Leiria, Santarém e Lisboa vão estar sob aviso laranja.

Sob aviso laranja está também a ilha da Madeira por causa da previsão de chuva temporariamente forte, por vezes em regime de aguaceiros que podem ser acompanhados de trovoada até às 09h00 de hoje.

A Madeira está ainda sob aviso laranja devido à previsão de vento forte de sudoeste com rajadas até 130 km/h entre as 00h00 e as 18h00 de terça-feira.

O IPMA colocou também hoje as ilhas Graciosa, S. Jorge, Faial, Pico e Terceira (grupo central dos Açores) sob aviso amarelo devido à previsão de precipitação forte, podendo ser acompanhada de trovoada entre 00h00 e as 20h00 de terça-feira.

Sob aviso amarelo estão também as ilhas do Corvo e Flores (grupo ocidental) por causa do vento forte até às 00h00 de terça-feira.

Possibilidade de inundações rápidas

Esta previsão de mau tempo levou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a deixar um alerta à população, recomendando a adoção de comportamentos adequados à situação meteorológica.

Em comunicado enviado às redações, a Autoridade alertou ainda para a possibilidade de inundações rápidas em meio urbano e o transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis e em estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem.

A intensidade da chuva poderá também levar a que o piso rodoviário fique escorregadio, à formação de lençóis de água, a danos em estruturas montadas ou suspensas, à possibilidade de queda de ramos ou árvores, a possíveis acidentes na orla costeira e deslizamentos de terra. Por isso, se tiver necessidade de conduzir durante este período, recomenda-se que o faça com cautela.

De acordo com a ANEPC, é recomendável que sejam adotados comportamentos que visem garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos.

É adicionalmente recomendado que não se atravessem zonas inundadas, que se fixem estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas, e que se tenha cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas.

A Proteção Civil recomendou também especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros e a não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima.

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