"Tudo faremos para que todo o ano letivo continue presencialmente"

Novos conteúdos do #EstudoEmCasa começam esta segunda-feira a ser transmitidos na RTP. O ensino à distância é uma ferramenta importante, realçou o ministro da Educação esta manhã, nos estúdios da RTP, assegurando, porém, que o Governo "tudo fará" para manter o ensino presencial durante todo o ano letivo.

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Melissa Lopes
19/10/2020 11:29 ‧ 19/10/2020 por Melissa Lopes

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Estudo em Casa

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, destacou a "experiência" do último trimestre do ano letivo 2019/2020 que permitiu perceber a mais-valia que poderia ter a existência de uma ferramenta e de um conjunto de recursos temáticos e didáticos como o #EstudoEmCasa, emitido pela estação pública, e que arranca esta segunda-feira com novos conteúdos. 

"Esta parceria com a RTP é muito importante para nós", disse Tiago Brandão Rodrigues, considerando o #EstudoEmCasa mais uma ferramenta que responde aos alunos que, eventualmente, não possam estar em ambiente escolar. "Mas acima de tudo é importante criar um companheiro para os nossos estudantes, ao longo deste ano e dos próximos anos letivos", frisou. 

Recordando que as primeiras cinco semanas foram para consolidar e recuperar aprendizagens do último ano letivo, o ministro sublinhou que, apesar de todo o esforço que as escolas fizeram para seguir todos os alunos, "sabemos que necessariamente o alicerçar de todo o ensino e aprendizagem poderá ter ficado comprometido no último ano letivo". 

Nesse sentido, "depois de cinco semanas que o #EstudoEmCasa esteve a transmitir blocos pedagógicos, temos a partir desta manhã novos blocos pedagógicos temáticos que podem dar uma resposta muito importante também para as nossas crianças e jovens". 

Questionado sobre se com o agravamento da pandemia faz com que estejamos cada mais próximos de ter novamente a predominar o ensino à distância, Tiago Brandão Rodrigues foi perentório: "O nosso grande objetivo é continuar com as aulas presenciais. Sabemos bem, e toda a experiência nos diz, que nada substitui o papel da escola e do professor presencial e daquilo que acontece todos os dias em cada um dos nossos estabelecimentos".

O ministro acrescentou ainda que no último ano leivo o encerramento das escolas e o consequente ensino à distância surgiu "por necessidade". "Sabemos agora, e os especialistas dizem-no, que é importante manter as nossas crianças nas escolas porque falamos de saúde pública, não falamos só de Covid-19 mas também da importância de as crianças estarem na escola para aprender, mas também para cuidar da sua saúde física e mental. Tudo faremos para que todo o nosso ano letivo continue presencialmente nas escolas"

Interrogado sobre quantos professores puseram baixa, quer devido à Covid-19 quer por pertencerem a grupos de risco, Brandão Rodrigues afirmou que houve cerca de 500 professores que apresentaram declaração médica para que pudessem ter os 30 dias de faltas justificadas, um número que era já conhecido, sendo este um regime excecional que pode ser utilizado por profissionais tanto do setor público como do setor privado, destacou o ministro. 

Sobre quantos professores faltam nas escolas, o governante sustentou que "temos um processo bem oleado de substituição" de docentes, recordando que este foi um ano de "outras vicissitudes".

"Por um lado, colocámos mais 3.300 professores para poderem co-adjuvar no âmbito das tutorias e projetos pedagógicos das escolas, por outro lado sabemos que temos estes 500 professores que meteram declarações médicas. Depois acontece outro fenómeno, que não acontece só nas nossas escolas: Muitos dos que tiveram oportunidade de trabalho aqui, nomeadamente na zona da Grande Lisboa e do Algarve, onde existem mais necessidades, não quiseram aproveitar esta oportunidade neste momento de pandemia, porque sabemos que deslocar-se para outro território é sempre difícil nestas circunstâncias".

Nesse sentido, explicou, o que o Governo tem feito é lançar essas reservas de recrutamento todas as semanas e, neste momento, "as escolas já têm oportunidade de fazer contratações". Por outro lado, as escolas estão a recorrer às horas extraordinárias para que, dentro do seu corpo docente, possam também dar resposta, sublinhou.

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