Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o aviso vermelho, o mais grave de uma escala de quatro, vai estar em vigor nos cinco distritos entre as 12h00 e as 18h00 de hoje.
O aviso vermelho corresponde a uma situação meteorológica de risco extremo. Nesta situação, o IPMA recomenda que as pessoas se mantenham ao corrente da evolução das condições meteorológicas e sigam as orientações da proteção civil.
Portugal continental está sob o efeito da depressão Bárbara, que dará origem a precipitação forte, aumento da intensidade do vento com rajadas até 100 quilómetros por hora e até 130 quilómetros por hora nas terras altas e agitação marítima, em especial na costa da região sul.
Todos os distritos de Portugal continental (18) estão a partir das 09h00 sob aviso laranja devido à previsão de períodos de chuva por vezes forte e persistente. Os oito distritos estão sob aviso vermelho devido à previsão de chuva por vezes forte e persistente e ocasionalmente acompanhada de trovoada e possibilidade de ocorrência de fenómenos extremos de vento.
Os distritos de Évora, Faro e Beja vão juntar-se aos de Setúbal, Lisboa, Santarém, Castelo Branco e Portalegre que a partir das 12h00 vão estar sob aviso vermelho por causa da chuva, segundo o IPMA.
O IPMA emitiu também aviso laranja para todos os distritos do continente, exceto Porto e Viana do Castelo, até às 21h00 de hoje devido à previsão de vento forte com rajadas até 95 quilómetros por hora, sendo até 120 quilómetros por hora nas terras altas.
Os distritos de Beja, Lisboa, Setúbal e Faro estão também sob aviso amarelo por causa da agitação marítima, prevendo-se ondas de sudoeste com 4 a 4,5 metros entre as 12h00 e as 18h00 de hoje.
O IPMA colocou também a ilha da Madeira sob aviso laranja devido à previsão de chuva até às 09h00 de hoje e vento forte de sudoeste com rajadas até 130 km/h até às 18:00 de hoje.
O aviso laranja indica situação meteorológica de risco moderado a elevado e o amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) colocou oito distritos do centro e norte do país em estado de alerta especial laranja desde as 00h00 de hoje devido à chuva "forte e persistente" e ao vento.
Lisboa, Santarém, Setúbal, Portalegre, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra e Porto são os oito distritos que vão estar em alerta laranja (o segundo mais grave da escala) entre as 00h00 de hoje e as 23h59 de quarta-feira.
No sistema de proteção civil o estado de alerta especial laranja significa que o grau de risco é elevado, sendo expectável uma situação de perigo com condições para a ocorrência de fenómenos invulgares que podem causar danos a pessoas e bens, colocando em causa a sua segurança.
Mais de 500 ocorrências na segunda-feira por causa de depressão Bárbara
"Nas últimas 24 horas, que correspondem ao início do estado de alerta [da Proteção Civil] para a depressão Bárbara registaram-se 510 ocorrências", disse à agência Lusa fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Estas ocorrências são, maioritariamente, "inundações, quedas de árvores, limpezas de via e quedas de estruturas".
O distrito de Lisboa é o mais afetado pelo mau tempo, com 171 ocorrências do total contabilizado, seguido pelo de Setúbal (67), Coimbra e Guarda (ambas com 37), Leiria e Santarém (ambas com 36).
"Estes seis distritos totalizaram 75% da atividade registada no território" continental, referiu a mesma fonte, acrescentando que "não há registo de vítimas".
Os únicos danos que houve foram, por exemplo, caves ou garagens inundadas, especificou a Proteção Civil.
Noite acabou por ser tranquila
Já das 00h00 até às 7 horas desta terça-feira, a Proteção Civil registou 15 ocorrências devido à chuva, sobretudo em Faro.
"A noite passada acabou por ser bastante tranquila ao nível das ocorrências tendo-se verificado apenas 15 ocorrências durante a noite sobretudo no distrito de Faro onde se registaram quatro", disse o comandante Paulo Santos, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), à Lusa.
De acordo com o comandante, as situações registadas tiveram sobretudo a ver com inundações, que foram "rapidamente resolvidas".