"Congresso mostrará que atividades são compatíveis com prevenção"

Jerónimo de Sousa destacou, no início do XXI congresso do PCP, que o que reúne os comunistas hoje é a necessidade de resolver problemas dos camaradas. O líder partidário respondeu ainda ao coro de críticas que se ergueu contra a realização do evento.

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Filipa Matias Pereira
27/11/2020 10:57 ‧ 27/11/2020 por Filipa Matias Pereira

Política

PCP

"Estamos aqui menos delegados, cerca de metade do que era expectável e tivemos de tomar todas as medidas de proteção sanitária. O nosso Congresso mostrará mais uma vez que a realização de atividades é compatível com a prevenção da saúde", revelou Jerónimo de Sousa no discurso inaugural do XXI congresso do PCP.

O líder partidário destacou que o Congresso é realizado, este ano, "num quadro diferente do habitual. Não temos aqui as muitas centenas de camaradas", mas o que aqui "nos traz são os seus problemas e as condições para as debelar".

Em resposta ao coro de críticas que se ergueu contra a realização do evento, o comunista vincou que "este é um Congresso de um partido que não se dá ao privilégio e ao egoísmo de se resguardar, enquanto centenas de milhares de trabalhadores estarão nos seus locais de trabalho todos os dias, resistindo à intensificação da exploração a pretexto da epidemia e que têm de usar transportes públicos".

De acordo com Jerónimo de Sousa, foram realizadas 1.700 reuniões na fase preparatória com cerca de 18 mil participantes.

O secretário-geral do PCP acusou ainda os "representantes das forças de regressão, do retrocesso e do autoritarismo de elitistas" de "rebaixar e colocar ao mesmo nível de outros direitos momentaneamente limitados os direitos políticos e cívicos fundamentais para justificar as suas indiciosas campanhas contra o nosso Congresso e a luta dos trabalhadores".

"Não aceitamos a depreciação e desvalorização da atividade política e muito menos nestes tempos que correm porque sabemos como tudo começa, mas não sabemos como acaba e muitas vezes acaba mal para a democracia e a liberdade", destacou.

Recorde-se que o PCP iniciou hoje, em Loures, o seu XXI congresso com metade dos delegados habituais. No total, são cerca de 600 os delegados -- contra os 1.200 de 2016 -- neste Congresso que deverá confirmar a continuação de Jerónimo de Sousa, secretário-geral desde 2004, há 16 anos, sucedendo a Carlos Carvalhas.

Leia Também: Congresso PCP: Trabalhos começaram às 10h30 ao som de 'A Internacional'

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