Depois de uma reunião do porta-voz do movimento 'Sobreviver a Pão e Água', José Gouveia e o chef Ljubomir Stanisic, um dos 'rostos' do protesto, com o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, nos Paços do Concelho, o grupo decidiu terminar a greve de fome. A notícia está a ser avançada pela TVI24.
O protesto, em frente à Assembleia da República, decorria há sete dias. O encontro para discutir os problemas do setor da restauração e da animação noturna começou ao final da tarde e durou mais de duas horas.
Através das redes sociais, o movimento confirmou a decisão de terminar o protesto. "Hoje vamos abraçar os que mais amamos, dormir nas nossas camas e comer. Obrigado a todos que nos ajudaram a conseguir continuar e não desistir desse nosso propósito", pode ler-se na publicação acompanhada de uma fotografia.
View this post on Instagram
Os elementos deste movimento exigiam uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa, ou com o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira. Medina foi o primeiro responsável político a receber os manifestantes.
Em declarações aos jornalistas à saída da reunião com o presidente da Câmara de Lisboa, Ljubomir Stanisic adiantou que está prevista uma nova reunião com Fernando Medina para a próxima semana.
"Discutimos várias ideias, várias possibilidades, e ficou acordado que dentro de sete dias, oito dias, na próxima semana, teremos um novo encontro, porque em muitas medidas que foram discutidas em conjunto o próprio Fernando Medina estava de acordo com uma parte delas. A outra parte sabemos os três que, praticamente, é impossível chegar a soluções para todos, por isso, aguardamos a próxima reunião", explicitou Ljubomir Stanisic.
O 'chef' foi hospitalizado ao início da noite de ontem, mas acabou por abandonar o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, depois de assinar um termo de responsabilidade, e regressou ao acampamento que está montado em frente ao Parlamento.
Ljubomir acrescentou que vê o avanço feito na reunião de hoje "como muito positivo" e que o presidente da autarquia tinha conversado com o ministro da Economia "a marcar a reunião para estas soluções".
O manifestante disse ainda que a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) "devia ter estado aqui com este papel e trazido soluções".
Já o autarca de Lisboa disse que a reunião teve como propósito "tentar encontrar pistas, saídas, propostas, canais" para permitir a "resolução de uma situação que é muito delicada para toda a gente", sem adiantar que medidas foram discutidas.
Fernando Medina frisou que "não há nenhuma guerra de quem vence e quem perde". Aliás, Ljubomir Stanisic, que ladeava o presidente da Câmara de Lisboa enquanto o autarca falava os jornalistas, também rejeitou essa ideia.
Questionado sobre se concorda com a decisão do Governo de não aceder às reivindicações de reuniões destes manifestantes, o edil de Lisboa disse que compreende "as razões do Governo", que tem um "diálogo institucional com os representantes institucionais do setor".
[Notícia em atualização]