A campanha 'Dê troco a quem precisa', que arranca na segunda-feira e termina em 22 de dezembro, convida os portugueses a doar o troco das compras realizadas nas farmácias à Emergência abem: COVID-19.
Hoje, em comunicado, a associação adianta que os donativos recolhidos serão integralmente aplicados no acesso a medicamentos, produtos e serviços de saúde a pessoas carenciadas e mais fragilizadas devido à pandemia.
Desde que foi lançada, em março deste ano, a Emergência abem: COVID-19 já apoiou, segundo a associação, mais de 900 portugueses referenciados por entidades parceiras locais como Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Instituições Particulares de Solidariedade Social, Cáritas e Misericórdias.
A embaixadora da Associação Dignitude, Maria de Belém Roseira, lembra, citada na nota, que a resposta à pandemia impôs uma profunda alteração à vida em sociedade.
"O impacto económico e social das medidas de prevenção do contágio pela covid-19 atingiu uma dimensão ainda difícil de calcular, mas é já bem patente o aprofundamento das imensas dificuldades em muitas famílias portuguesas. Foi para apoiar estes nossos concidadãos que criámos a Emergência abem: COVID-19, para que mesmo neste momento de maior fragilidade possam continuar a ter acesso aos medicamentos, produtos e serviços de saúde de que tanto precisam para viver", disse.
Maria de Belém Roseira recorda que antes da pandemia, uma em cada 10 pessoas em Portugal não conseguia comprar medicamentos.
"Sabemos que estes números são atualmente muito mais elevados. Por isso a campanha 'Dê Troco a Quem Precisa' é este ano dedicada a esta iniciativa, pelo que apelamos, uma vez mais, à generosidade de todos", disse.
Além da campanha que irá decorrer nas farmácias aderentes entre 14 e 22 de dezembro, é ainda possível apoiar esta iniciativa através de transferência bancária.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.557.814 mortos resultantes de mais de 68,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 5.192 pessoas dos 332.073 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.