"Vamos ter que ter um Natal com muito cuidado. Sou um bom exemplo disso"

Foi em confinamento, e por videoconferência, que António Costa deu as Boas Festas ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. Este "foi um ano onde os portugueses demonstraram uma responsabilidade cívica extraordinária e uma grande capacidade de unidade e de resiliência", destacou o primeiro-ministro.

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Notícias Ao Minuto
22/12/2020 18:17 ‧ 22/12/2020 por Notícias Ao Minuto

País

António Costa

Num ano diferente de qualquer outro foi também diferente a forma como o primeiro-ministro desejou as Boas Festas ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, marcando presença no Palácio de Belém através de videoconferência por estar a cumprir isolamento profilático.

O primeiro-ministro começou por reiterar que "este será um Natal diferente para todos nós". "Vamos ter que ter um Natal com muito cuidado. Eu sou um bom exemplo disso: bastou um almoço com uma pessoa contaminada para, apesar de esperar não estar doente, ter de ficar 14 dias em isolamento".

Neste seguimento, o chefe do Governo aproveitou para "renovar o apelo para que todos tenhamos o máximo de cuidado" neste Natal: "Evitemos estar com muitas pessoas, evitemos espaços fechados, pouco arejados, procuremos estar o máximo de tempo possível com máscara".

"Sei bem que isto é muito difícil", prosseguiu António Costa," porque, de acordo com a nossa tradição, o Natal é celebrado em grande parte à mesa - e à mesa não estamos com máscara".

"Mas o meu exemplo é, aliás, um bom exemplo de como sentados à mesa, partilhando uma refeição com alguém que pode estar doente sem que o saiba, nós podemos ficar ou contaminados ou, pelo menos, privados da nossa liberdade", acrescentou.

O primeiro-ministro destacou ainda, na sua intervenção, que 2020 foi um ano que, "seguramente, há um ano, nenhum de nós imaginava que íamos ter". Ainda assim, "foi um ano onde os portugueses demonstraram uma responsabilidade cívica extraordinária e uma grande capacidade de unidade e de resiliência perante o desafio da pandemia e das suas consequências económicas e sociais".

Este ano que agora está prestes a terminar colocou "à prova" as instituições e "pela primeira vez em 40 anos de Democracia tivemos de recorrer sucessivamente ao Estado de Emergência para adotar as medidas imprescindíveis para procurar conter a pandemia".

Assim, o chefe de Governo quis frisar, "em particular este ano", a "excecional colaboração institucional entre todos os órgãos de soberania". "Neste momento tão difícil para todos nós, acho que as instituições estiveram à altura das suas responsabilidades, seguindo o exemplo extraordinário dos portugueses".

Quanto ao ano 2021, Costa diz saber o que é esperado do Executivo: "Em primeiro lugar, que possamos assegurar um processo de vacinação que vai ser longo, demorado, que se estenderá ao longo do ano, mas que, graças à ciência, dá confiança a todos que é possível vencer este vírus".

Como "segunda prioridade", António Costa referiu "continuar a procurar manter as empresas, os empregos e o rendimento", mas também "arrancar com o início do Programa de Recuperação e Resiliência".

E houve ainda uma mensagem diretamente para Marcelo: "Quanto ao Senhor Presidente da República, sabe que pode contar, como contou ao longo destes quatro anos, com uma cooperação leal e franca do Governo até ao próximo dia 9 de março".

E, conclui, "seguramente, o Presidente ou a Presidente que vier a ser eleito pelos portugueses, continuará a contar com a cooperação do Governo. O Governo não mudaem função dos presidentes ou das circunstâncias".

[Última atualização às 18h37]

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