Segundo os dados da Direção Geral da Saúde (DGS), o ano começou logo com 6.951 no dia 01, subindo a meio da semana seguinte, com 10.027 novas infeções registadas no dia 06 (quarta-feira), atingindo depois o máximo desde o início da pandemia na passada sexta-feira (08/01), com 10.176 novos casos.
Foi aliás uma subida de casos, sobretudo nos internamentos, aumentando a pressão no Serviço Nacional de Saúde, no início de novembro, que levou à renovação do estado de emergência no mês seguinte.
A subida de casos nos primeiros 10 dias de novembro, quando começou a ganhar força a chamada segunda vaga, teve repercussões nos internamentos no final do mês, atingindo os 3.342 doentes internados com covid-19 no dia 30 e continuando a subir até aos 3.367 (07/12), um número muito próximo do que se atingiu no domingo (3.370).
Em dezembro, apesar do comportamento instável da infeção, o governo decidiu a meio do mês - quando o número de pessoas internadas era 3.142 (17/12) e o número de casos diários 4.320 (17/12) - aligeirar as medidas de restrição no natal e, com um travão na passagem de ano, compensar o risco acrescido assumido com os encontros familiares de Natal.
Consequência ou não destas medidas, mas seguramente fruto de mais contactos entre as pessoas, a infeção ganhou outro fôlego e, uma semana depois do Natal, atingiu-se o recorde de 7.627 novos casos no último dia do ano.
Já a pressão no SNS, medida pelos internamentos (em enfermaria e cuidados intensivos), voltou a subir este ano, com os números a ultrapassarem a fasquia dos 3.000 internados pela primeira vez a 03 de janeiro, um valor que no domingo já ia nos 3.370 (558 dos quais em cuidados intensivos).
Por comparação, na primeira vaga de março/abril do ano passado, a pressão no SNS teve o seu máximo quando foram atingidos os 1.302 internamentos (16/04). Agora temos mais do dobro (3.370). Nos cuidados intensivos nessa fase o número máximo atingido foi 271 (07/04), menos de metade do valor registado no domingo (558).
Por comparação, o pico de casos novos diários da primeira vaga foi atingido a 10 de abril, com 1.516 novas infeções. Na semana passada atingiu-se um valor mais de seis vezes superior: 10.176 (08/01).
Quanto à testagem, depois de várias críticas quanto a falta se testes na primeira vaga da pandemia em Portugal, os números foram subindo e o valor máximo total diário de testes foi atingido a 23 de dezembro, com 59.296 testes. Este ano, o dia em que mais se testou foi a 05 de janeiro, com 55.691 testes realizados.
De acordo com o último boletim da Direção-Geral da Saúde, em Portugal morreram 7.803 pessoas dos 483.689 casos de infeção confirmados.
O estado de emergência decretado em 09 de novembro para combater a pandemia foi renovado com efeitos desde as 00:00 de 08 de janeiro, até dia 15.
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