Ave do Ano 2021 é exclusiva dos Açores

O painho-de-monteiro, uma pequena ave que apenas nidifica no arquipélago dos Açores, foi eleito Ave do Ano 2021 numa votação online promovida pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).

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Lusa
10/02/2021 14:27 ‧ 10/02/2021 por Lusa

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Painho-de-monteiro

"Esta pequena ave tem uma resiliência impressionante: chega a viver mais de 20 anos, a maior parte do tempo no mar. Estamos a falar de uma avezinha de 50 gramas que resiste às tempestades que assolam o Atlântico, ano após ano", diz, citada em comunicado, a coordenadora da SPEA Açores, Azucena de la Cruz Martín.

A votação decorreu de 14 de janeiro a 4 de fevereiro, através de um formulário online disponibilizado pela SPEA que desafiava a escolher entre o painho-de-monteiro e a gaivota-de-audouin para Ave do Ano.

O painho-de-monteiro obteve 80% dos 1.580 votos recebidos e, ao longo deste ano, a SPEA irá celebrar a espécie e alertar para os perigos que correm as aves marinhas e, em particular, as aves que dependem de ilhas.

"Esta espécie apenas existe nos Açores, e só nidifica em alguns pequenos ilhéus junto às ilhas da Graciosa, das Flores e possivelmente do Corvo", informa a SPEA no comunicado.

Está, por isso, muito vulnerável a qualquer ameaça a estas colónias, como a chegada de ratos e outros predadores que não ocorrem naturalmente nestes ilhéus.

Também no mar as aves marinhas enfrentam ameaças muito sérias, tais como a captura acidental em artes de pesca, a poluição luminosa e o lixo marinho.

Em 2018, a SPEA lançou o Plano de Ação Internacional para a Conservação do painho-de-monteiro para ajudar a proteger a espécie endémica dos Açores.

As ações prioritárias do plano, que incluem a recuperação de habitat, planos de biossegurança, avaliação do impacto de predadores introduzidos e a monitorização do estado das populações da espécie, estão a ser desenvolvidas na ilha Graciosa através do Projeto LIFE IP AZORES NATURA.

O painho-de-monteiro é a mais pequena ave marinha dos Açores e o seu nome é uma homenagem ao biólogo Luís Monteiro que, na década de 1990, demonstrou que deveria ser considerada uma espécie à parte, e não uma variante do roque-de-castro, também conhecido por painho-da-madeira.

 

 

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