"A ajuda da França, que mantém com Portugal relações estreitas e de amizade, inscreve-se no âmbito desta solidariedade europeia natural, face a um vírus que só será eficazmente derrotado por meio da cooperação e da unidade internacional", afirmou a embaixada em comunicado.
Segundo a mesma fonte, Portugal "aceitou a proposta de colaboração do governo francês para apoiar a sua resposta à pandemia", tendo sido decidido de comum acordo o envio de uma equipa de quatro profissionais de saúde.
A embaixada especificou que esta equipa é composta por uma médica especializada em cuidados intensivos, duas enfermeiras anestesistas e uma enfermeira lusófona, que se juntarão à unidade de cuidados intensivos do Hospital Garcia da Orta, a partir de segunda-feira por um período inicial de 15 dias.
"A França também foi objeto de iniciativas de solidariedade durante a primeira vaga do vírus na primavera passada, tendo recebido ajuda de vários vizinhos europeus que aceitaram receber doentes franceses", adiantou o comunicado, que garante que a França se "mantém atenta às possíveis necessidades" de Portugal.
A embaixada saudou também a "mobilização de antigos médicos e enfermeiros franceses que vivem em Portugal e que se juntaram às equipas de voluntários da Cruz Vermelha Portuguesa" para contribuir no combate contra a pandemia.
Além desta equipa francesa, Portugal vai receber na próxima semana uma equipa médica do Luxemburgo, um "importante apoio" no tratamento de doentes de covid-19 em hospitais com elevada pressão de cuidados intensivos, anunciou quinta-feira o Ministério da Saúde.
A equipa do Luxemburgo, constituída por dois médicos e dois enfermeiros, vai apoiar o serviço de medicina intensiva do Hospital do Espírito Santo de Évora.
Além destas duas equipas, já está em Portugal uma equipa médica militar alemã que começou a tratar os primeiros pacientes na segunda-feira e que vai permanecer no país por mais seis semanas.
A ministra da Defesa alemã, Annegret Kramp-Karrenbauer, utilizou a sua conta na rede social Twitter para revelar que a decisão de permanecer por mais seis semanas foi tomada em concordância com os ministros portugueses da Defesa, João Gomes Cravinho, e da Saúde, Marta Temido.
Constituída por 26 profissionais de saúde, entre os quais seis médicos, que trouxeram também 40 ventiladores móveis e 10 estacionários, 150 bombas de infusão e outras tantas camas hospitalares, a equipa de militares germânicos chegou a Portugal a 03 de fevereiro e ficou instalada no Hospital da Luz, em Lisboa.
Em Portugal, morreram 15.034 pessoas dos 781.223 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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