"Governabilidade só estará em causa quando AR aprovar moção de censura"

António Costa afastou o espetro de uma crise política suscitada pela promulgação dos diplomas por parte do Presidente da República, que reforçam os apoios sociais.

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Notícias ao Minuto com Lusa
29/03/2021 12:26 ‧ 29/03/2021 por Notícias ao Minuto com Lusa

País

António Costa

Após Marcelo Rebelo de Sousa ter decidido promulgar três diplomas do Parlamento que reforçam os apoios sociais no âmbito da pandemia, e que tiveram o voto contra do PS e que o Governo considera inconstitucionais, António Costa recusou, esta segunda-feira, o cenário de uma crise política. 

"Não faz o menor sentido haver uma crise política no horizonte", vincou o primeiro-ministro em declarações aos jornalistas. 

"As condições de governabilidade só estarão em causa quando a Assembleia da República aprovar uma moção de censura ao governo. Até esse dia o Governo está em funções", ressalvou.

"Eu da minha parte tenho pouca disponibilidade para a ficção neste momento", fez notar ainda António Costa, salientando que o seu foco está em questões mais prementes e "concretas", como o processo de vacinação e o Plano de Recuperação e Resiliência. 

"O que o Presidente da República diz de essencial é que não há preto e branco. Não há normas que violem a 'lei-travão' e normas que não violem a 'lei-travão'. Diz que o Governo aplicará a lei na estrita medida do que está previsto no Orçamento. É isto que é dito. É algo inovador do ponto de vista da ciência jurídica", afirmou António Costa. 

O governante considerou que a mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa é "muito inovadora, rica e criativa". Questionado se havia alguma ironia nesta descrição, o primeiro-ministro rejeitou que as suas palavras tivesse essa intenção. 

"A mensagem é extensa, tem muitos pontos", referiu Costa, sublinhando que "agora é o tempo do Governo analisar, e fazê-lo com a devida ponderação". 

Em causa estão três diplomas aprovados apenas com a oposição do PS: um alarga o universo e o âmbito dos apoios sociais previstos para trabalhadores independentes, gerentes e empresários em nome individual; outro aumenta os apoios para os pais em teletrabalho; e um terceiro que estende o âmbito das medidas excecionais para os profissionais de saúde no âmbito da pandemia também à recuperação dos cuidados primários e hospitalares não relacionados com Covid-19.

[Notícia atualizada às 12h55]

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