Através de uma dotação total de 200 mil euros, cada um dos seis projetos selecionados vai contar com um financiamento entre os 24 mil e os 35 mil euros, para uma duração máxima de 10 meses, explica a fundação em comunicado.
Os estudos, cinco dos quais coordenados por mulheres, vão debruçar-se sobre o impacto da pandemia de covid-19 nos crimes de discriminação e incitamento ao ódio e à violência, e no discurso de ódio, sobretudo entre grupos mais vulneráveis da população.
Três desses projetos serão sobre discursos de ódio na Internet, dois sobre a exposição de jovens e crianças a discurso de ódio e um outro sobre o enquadramento legal de incitamento ao ódio.
Os projetos serão desenvolvidos pela União de Mulheres Alternativa e Resistência (UMAR), o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Investigação e Desenvolvimento em Lisboa (INESC-ID), o Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA), a Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação da Universidade do Porto, o ISCTE -- Instituto Universitário de Lisboa e a Universidade Nova de Lisboa.
Esta linha de apoio especial foi lançada pela FCT, em colaboração com a Secretaria de Estado para a Cidadania e a Igualdade e com o apoio do Alto Comissariado Para as Migrações e da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.
De acordo com a fundação, o apoio segue as recomendações de vários organismos internacionais no sentido de reforçar o conhecimento destes crimes.
"Estas preocupações viram-se amplificadas perante os efeitos desproporcionais em certas comunidades e grupos vulneráveis da expansão de práticas de discriminação e discursos de ódio durante a pandemia de covid-19, conducentes à segmentação, maior insegurança, exclusão social, isolamento e estigmatização desses grupos", lê-se no comunicado.
As candidaturas decorreram entre 25 de janeiro e 15 de fevereiro, e as 50 elegíveis foram avaliadas por uma comissão de peritos composta por 12 elementos, que emitiu o parecer científico de apoio à decisão da presidente do Conselho Diretivo da FCT.
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