Vigilantes em funções na CML exigem pagamento total de subsídio de Natal

Cerca de 100 vigilantes da empresa PSG que prestam serviço na Câmara Municipal de Lisboa (CML) cumprem hoje uma greve de 24 horas para reivindicar o pagamento integral do subsídio de Natal, disse à Lusa fonte sindical.

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Lusa
23/12/2024 11:37 ‧ há 3 horas por Lusa

País

Lisboa

Em declarações à agência Lusa, Rui Tomé, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversas (STAD), disse que, inicialmente, a greve iria abranger os trabalhadores das duas empresas (COPS e PSG) que assumiram os serviços de vigilância da CML em novembro.

 

"Entretanto, a COPS enviou uma comunicação escrita ao STAD informando que até ao dia de hoje vai pagar a totalidade do subsídio de Natal e, perante esta posição, os trabalhadores desta empresa decidiram suspender a greve. Em relação à PSG, mantém-se a greve e a concentração hoje à tarde, pois não pagou a totalidade do subsídio como é sua obrigação", salientou.

Rui Tomé explicou que a lei prevê que as empresas que prestam serviço à altura do pagamento do subsídio de Natal são responsáveis pela totalidade do pagamento.

"No entanto, as empresas que iniciaram em novembro o contrato de prestação deste serviço pagaram apenas dois duodécimos dos subsídios de Natal dos vigilantes, esperando que as empresas que saíram paguem o resto", contou.

De acordo com o sindicalista, a greve de hoje dos trabalhadores da PSG, vai ser acompanhada de uma concentração marcada para as 15:00 no Largo do Município, em Lisboa, para pedir esclarecimentos à CML, entidade contratante, caso a empresa não assuma o pagamento integral do subsídio de Natal, conforme previsto no Código do Trabalho.

"A Câmara Municipal de Lisboa tem uma responsabilidade solidária. Sendo a câmara a empresa contratante de acordo com a lei da segurança privada, tem de garantir que as empresas que são contratadas cumprem a lei e caso não cumpram, o município tem a responsabilidade de assegurar que os trabalhadores não ficam prejudicados. Têm de receber a totalidade dos subsídios", disse.

No entendimento de Rui Tomé, a CML tem a responsabilidade de garantir que as empresas cumprem a lei.

O coordenador do STAD adiantou também à Lusa que os vigilantes das empresas PSG e Powershield, em funções no Ministério do Trabalho estão hoje de manhã concentrados junto ao Ministério, em Lisboa, para denunciar situação semelhante à que se passa na CML.

Os vigilantes tinham marcado uma greve de 24 horas e uma concentração junto ao Ministério do Trabalho, também para exigir o pagamento total do subsídio de Natal.

"No entanto, a greve acabou por ser suspensa porque as empresas pagaram os subsídios, mas a concentração manteve-se, estando os trabalhadores [cerca das 10:00} reunidos junto ao Ministério do Trabalho", disse.

"O subsídio de Natal acabou por ser pago em termos proporcionais devido a uma orientação por parte do Ministério do Trabalho que, no fundo, 'obrigou' as empresas a pagar em duodécimos, o que viola a lei. O que diz o código do trabalho é que a empresa que entra, que ganha o serviço, tem de pagar a totalidade dos créditos. Não está em causa aqui o pagamento do subsídio, está em causa a orientação do Ministério que contraria o que está estipulado no Código do Trabalho", disse.

De acordo com Rui Tomé, o Ministério não pode tomar uma posição contrária ao Código do Trabalho.

"Por isso, os trabalhadores decidiram manter a concentração para reivindicar a aplicação do Código do Trabalho e denunciar esta posição errada e ilegal por parte do Ministério", realçou.

Leia Também: Mais de 100 bombeiros em protesto deixam presentes na Câmara de Lisboa

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