O primeiro-ministro defendeu esta quarta-feira que a "valorização do Interior passa pela valorização da atividade económica no Interior, na criação de postos de trabalho de qualidade no Interior, postos de trabalho que fixem as novas gerações que cá vivem e que atraiam novas gerações".
O Plano de Recuperação e Resiliência "tem precisamente em conta todos estes objetivos", assegurou António Costa, referindo-se à transição climática e à transição digital "como motores de desenvolvimento". "A esmagadora maioria dos recursos têm de ser investidos nestes dois domínios".
O chefe do Executivo, que falava durante uma visita à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, afirmou que, ao contrário do que acontece em muitos programas europeus, tradicionalmente, no PRR "não há o dinheiro que se destina à universidade, o dinheiro que se destina à autarquia, ou o dinheiro que se destina à empresa - também há.
"Há, sobretudo, "alianças e agendas mobilizadoras", que implica que as candidaturas tenham de ser apresentadas em conjunto por autarquias, empresas e universidades, em prol "do valor económico que se instala no território". "É um desafio novo" e "dos mais aliciantes" do programa, considerou.
António Costa frisou que é "fundamental não desperdiçar esta oportunidade para dar um novo impulso para que haja um desenvolvimento mais coeso do território". E, nesse sentido, "grande parte do investimento previsto no PRR se destina às regiões do Interior, em várias dimensões", destacou, dando como exemplo a aposta na internacionalização com a abertura de cinco ligações transfronteiriças - de Bragança a Alcoutim.
"Não podemos conformar-nos que a fronteira Portugal e Espanha seja a exceção à regra europeia de as regiões de fronteira serem as mais desenvolvidas de toda a Europa", sublinhou, definindo como objetivo inverter essa realidade.
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