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Não se deve promover vacinação fora dos limites de idade, diz Task Force

O coordenador da 'task-force' para o plano de vacinação contra a covid-19 defendeu hoje que a vacinação fora do limite de idade determinada para algumas vacinas, admitida em normas, não deve ser promovida pelas autoridades.

Não se deve promover vacinação fora dos limites de idade, diz Task Force
Notícias ao Minuto

10:52 - 12/05/21 por Lusa

País Covid-19

Gouveia e Melo, que falava na Comissão Parlamentar de Saúde, respondia a uma pergunta sobre as normas emitidas pela Direção Geral da Saúde (DGS), que permitem que as pessoas fora do limite de idade para a vacina da Janssen (administrada a partir dos 50 anos) e da Astrazeneca (a partir dos 60 anos) possam optar por receber estas vacinas.

"Há essa possibilidade e está a ser estudada. A única preocupação que deve ser tomada em conta é o facto de não devermos promover isso. A promoção desse tipo de atitude pode mais tarde reverter para o Estado uma responsabilidade", afirmou.

Sobre esta matéria, Gouveia e Melo acrescentou ainda: "Uma coisa é as pessoas pedirem de forma voluntária e outra é nós promovermos esse mecanismo, incentivando, de alguma forma, esse tipo vacinação".

O responsável sublinhou ainda que alguns países europeus retiraram a barreira dos 50 anos para a vacina da Janssen.

Adiantou que os dados de vacinação com esta vacina ainda estão a ser recolhidos e admitiu que "podem indicar que a barreira desapareça".

"Ficaria resolvido esse problema", disse.

Sobre a vacina da AstraZeneca, disse que acima dos 60 anos foram administradas 300.000 vacinas e abaixo dessa faixa etária meio milhão, sublinhando que para tomarem a segunda dose, as pessoas que ficam abaixo dos 60 anos, se não a quiserem, ficarão a aguardar "até que se encontre a melhor solução possível"

"Se a pessoa achar que não quer tomar segunda dose [desta vacina], não dando consentimento informado, não irá para o fim da fila. Fica a aguardar até se encontrar uma solução técnica em termos de saúde pública para esta vacinação", afirmou, frisando que ainda está a ser discutido se tal pode ou não ser feito com outra vacina.

"Ainda não há um caminho suficientemente claro nesta matéria", acrescentou.

[Notícia atualizada às 11h16]

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