"Com o desaparecimento de Julião Sarmento, Portugal perde um dos seus mais inovadores e multifacetados artistas plásticos, alguém que marcou, decisivamente, o panorama das artes na segunda metade do século XX e início do século XXI", lê-se num voto de pesar apresentado pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e aprovado por unanimidade.
Os deputados cumpriram um minuto de silêncio em sua memória e o voto foi acompanhado nas galerias do parlamento por vários familiares.
No texto, salienta-se a "obra diversa e multifacetada, em que se destaca, no desenho, na pintura, na fotografia ou no vídeo, uma visão arrojada e provocante sobre o corpo e o desejo" e assinala-se que foi "influenciado pelas mais avançadas correntes da arte mundial, para o que contribuiu uma carreira com forte pendor internacional -- bem testemunhadas pelas participações nas edições de 1982 e 1987 da 'Documenta', de Kassel, ou na Bienal de Arte de São Paulo, em 2002".
O artista plástico Julião Sarmento, um dos mais internacionais artistas portugueses, morreu em 04 de maio, em Lisboa, aos 72 anos.
Autor de uma obra multifacetada, Julião Sarmento representou Portugal na Bienal de Arte de Veneza em 1997 e foi alvo de uma exposição pela Tate Modern, em Londres, em 2011.
Em 2012, o Museu de Serralves, no Porto, organizou a mais completa retrospetiva até hoje realizada do seu trabalho, uma obra que mereceu também o reconhecimento com a atribuição do Prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA).
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