Santarém: Presidente tenta terceiro mandato após 20 anos de funções

Economista de formação, o candidato do PSD à Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, iniciou cedo o seu percurso político autárquico, ao ser eleito, aos 25 anos, presidente da Junta de Freguesia da Azóia de Baixo, de onde é natural.

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Lusa
09/06/2021 09:24 ‧ 09/06/2021 por Lusa

Política

Autárquicas

 

Atual presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), 45 anos, foi já indicado pelo partido para concorrer a um terceiro mandato nas eleições autárquicas deste ano, mas reserva-se o direito de ser o próprio a anunciar a sua decisão "mais tarde", não querendo, para já, prestar declarações sobre a sua candidatura.

Depois de concluir a licenciatura, Ricardo Gonçalves trabalhou numa empresa de consultores em Economia e Gestão, iniciando o seu percurso político em 2001 como presidente da Junta de Freguesia da Azóia de Baixo.

Nas autárquicas de 2005, foi eleito vereador no primeiro executivo de Moita Flores, sendo seu número dois no mandato seguinte, o que o levou a assumir a presidência quando o então líder do executivo renunciou ao cargo em 2012, sendo pública a divergência que se foi acentuando entre ambos.

Licenciado em Economia com uma pós-graduação em Direito das Autarquias Locais, Ricardo Gonçalves foi eleito presidente em 2013, a dois votos de uma maioria absoluta, com o PSD (40,3% dos votos) a passar dos sete elementos do mandato anterior para quatro. Também o PS conseguiu quatro eleitos, num executivo em que o vereador da CDU desempenhou um papel determinante.

Nas autárquicas de 2017, os sociais-democratas alcançaram cinco eleitos (43,2%), ficando os socialistas com os restantes quatro (34,1%).

Reivindicando para o seu primeiro mandato a conquista da "consolidação económica", com a Câmara de Santarém no grupo dos municípios que pagam "a tempo e a horas" e que "mandam fazer as obras que podem pagar", o autarca colocou como desafio para os últimos quatro anos "poder ajudar a construir e a consolidar os alicerces" do desenvolvimento socioeconómico concelhio.

Para o mandato que está a findar, apontou como prioridades os projetos com financiamento comunitário direcionados para a conclusão da estabilização das encostas da cidade, a construção do Museu de Abril e dos Valores Universais (MAVU), a recuperação de edifícios e espaços públicos, e a reabilitação do centro histórico.

A intervenção nos largos e ruas do centro histórico de Santarém está a iniciar-se no final do mandato, tal como as obras nas igrejas do Alporão e de Santa Iria da Ribeira, estando o MAVU anunciado para 2024, ano da comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, e a requalificação do Campo Emílio Infante da Câmara aguarda mais um projeto.

Ricardo Gonçalves tem salientado a recuperação do bairro de Alfange, igualmente em curso, e a adesão do município ao programa nacional que visa a criação de condições condignas de habitação, bem como os programas criados para atração de investimento, que reivindica estarem na origem de "alguns grandes investimentos" anunciados para o concelho.

O advogado Ramiro Matos, amigo de longa data e correligionário de Ricardo Gonçalves, sublinha que este é "um homem sério, íntegro, com espírito jovem e empreendedor e muito qualificado pela sua licenciatura em economia, elevada cultura, e pela longa experiência autárquica".

Ramiro Matos aponta como "qualidades únicas" de Ricardo Gonçalves a "proximidade com os munícipes e uma grande capacidade de diálogo e trabalho" e salientando o facto de ter iniciado "a vida política executiva numa pequena junta de freguesia, de onde passou a vereador e depois a presidente de câmara", assumindo "praticamente todos os pelouros".

"Gosta de Santarém como ninguém, nasceu no concelho e aqui desenvolveu toda a sua vida, resistindo ao chamamento de Lisboa", declarou o também presidente da empresa municipal Águas de Santarém.

Além de Ricardo Gonçalves, até ao momento são conhecidas as candidaturas à Câmara de Santarém nas eleições deste ano de Manuel Afonso, deputado e presidente da concelhia do PS, de Fabíola Cardoso, professora e deputada pelo BE, de André Gomes, médico de Saúde Pública, pela CDU, e de Pedro Frazão, médico veterinário e membro da direção nacional do Chega.

Leia Também: Bragança: Apenas uma candidatura confirmada a quatro meses das eleições

 

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