Numa carta dirigida ao presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, Pavlo Sadokha, exige, "garantias de que o mesmo [que aconteceu com três ativistas russos] não será feito com os cidadãos ucranianos".
A preocupação do líder da associação prende-se, concretamente, com os conterrâneos que organizaram em Lisboa "numerosas manifestações contra a agressão russa e contra a anexação da Crimeia", pode ler-se na carta a que a agência Lusa teve acesso.
A Câmara de Lisboa fez chegar às autoridades russas os nomes, moradas e contactos de três manifestantes russos que, em janeiro, participaram num protesto, em frente à embaixada russa em Lisboa, pela libertação de Alexey Navalny, opositor daquele Governo.
A posição foi assumida depois de terem sido divulgadas notícias "sobre a revelação dos dados pessoais dos organizadores das manifestações em frente à embaixada russa em Lisboa", sublinha o mesmo responsável.
A Câmara de Lisboa fez chegar às autoridades russas os nomes, moradas e contactos de três manifestantes russos que, em janeiro, participaram num protesto, em frente à embaixada russa em Lisboa, pela libertação de Alexey Navalny, opositor daquele Governo.
O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, explicou que "o erro resultou de um funcionamento burocrático dos serviços que aplicaram nesta manifestação aquilo que aplicam à generalidade das dezenas de manifestações que acontecem no município".
Segundo Medina, foi aplicado o procedimento normal que se aplica em todas as manifestações desde 2011, quando foram extintos os governos civis e as competências passaram para as câmaras municipais.
Os ativistas russos cujos dados foram partilhados anunciaram hoje que vão apresentar uma queixa na justiça contra a Câmara Municipal de Lisboa para que tal "não volte a acontecer" com cidadãos portugueses.
O presidente da câmara de Lisboa disse também que a câmara de Lisboa "já tirou consequências desta situação" e alterou procedimentos.
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