Associação quer garantias de que não serão revelados dados de ucranianos

O presidente da Associação dos ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha, exigiu hoje à câmara de Lisboa garantias de que os dados pessoais de cidadãos daquele país não serão revelados como aconteceu com os ativistas russos.

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© Reuters

Lusa
10/06/2021 18:34 ‧ 10/06/2021 por Lusa

País

Pavlo Sadokha

Numa carta dirigida ao presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, Pavlo Sadokha, exige, "garantias de que o mesmo [que aconteceu com três ativistas russos] não será feito com os cidadãos ucranianos".

A preocupação do líder da associação prende-se, concretamente, com os conterrâneos que organizaram em Lisboa "numerosas manifestações contra a agressão russa e contra a anexação da Crimeia", pode ler-se na carta a que a agência Lusa teve acesso.

A Câmara de Lisboa fez chegar às autoridades russas os nomes, moradas e contactos de três manifestantes russos que, em janeiro, participaram num protesto, em frente à embaixada russa em Lisboa, pela libertação de Alexey Navalny, opositor daquele Governo.

A posição foi assumida depois de terem sido divulgadas notícias "sobre a revelação dos dados pessoais dos organizadores das manifestações em frente à embaixada russa em Lisboa", sublinha o mesmo responsável.

A Câmara de Lisboa fez chegar às autoridades russas os nomes, moradas e contactos de três manifestantes russos que, em janeiro, participaram num protesto, em frente à embaixada russa em Lisboa, pela libertação de Alexey Navalny, opositor daquele Governo.

O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, explicou que "o erro resultou de um funcionamento burocrático dos serviços que aplicaram nesta manifestação aquilo que aplicam à generalidade das dezenas de manifestações que acontecem no município".

Segundo Medina, foi aplicado o procedimento normal que se aplica em todas as manifestações desde 2011, quando foram extintos os governos civis e as competências passaram para as câmaras municipais.

Os ativistas russos cujos dados foram partilhados anunciaram hoje que vão apresentar uma queixa na justiça contra a Câmara Municipal de Lisboa para que tal "não volte a acontecer" com cidadãos portugueses.

O presidente da câmara de Lisboa disse também que a câmara de Lisboa "já tirou consequências desta situação" e alterou procedimentos.

Leia Também: Ativistas russos vão apresentar queixa contra Câmara Municipal de Lisboa

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