O médico intensivista do Hospital de São João, no Porto, Roberto Roncon afirmou, esta segunda-feira, em declarações à RTP3, que “os casos mais graves são cada vez mais graves, ou seja, os doentes admitidos em Cuidados Intensivos, com formas de extrema gravidade por Covid-19, apresentam uma taxa de mortalidade maior”.
Além disso, de acordo com o especialista, os doentes internados são “cada vez mais jovens”.
“Assumindo que estamos a ter mais doentes com a variante Delta, que é o mais provável porque é aquela que está a circular neste momento na população portuguesa, aquilo que nós temos vindo a assistir é um aumento dos quadros da gravidade e um aumento da mortalidade, apesar de todos os esforços terapêuticos, e estamos a falar doentes cada vez mais jovens”, explicou Roberto Roncon.
Na região Norte, segundo o profissional de saúde, a pressão ainda é sentida de forma diferida, relativamente a Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e ao Algarve. No entanto, como salientou Roberto Roncon na entrevista dada hoje, este tipo de situações são dinâmicas, ou seja, “daqui a duas semanas, o Norte pode estar igual ou pior”.
“Nesta última semana [no Norte] sentimos o acelerar das admissões, nomeadamente nos Cuidados Intensivos e das referenciações para ECMO, por Covid-19 grave”, realçou.
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