Os primeiros casos da variante Delta em Portugal estão relacionados com viagens à Índia e ao Nepal de cidadãos que residem em Lisboa, indicou João Paulo Gomes, em declarações à Antena 1.
"Pensamos, de acordo com os dados epidemiológicos que temos até à data, que o arranque tenha estado associado a um elevado número de introduções na região de Lisboa, particularmente na zona de Lisboa", afirmou o microbiologista do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Para o especialista, a introdução da variante Delta no país tem, por isso, "pouca associação ao Reino Unido".
"Temos muitos casos, a maior parte dos primeiros casos registados estavam associados a viagens à Índia e ao Nepal, e sabemos que temos no centro de Lisboa uma comunidade indiana muitíssimo relevante", acrescentou.
E terão sido essas viagens a originar "inúmeras cadeias de transmissão" da variante que já é dominante em Portugal.
Aliás, de acordo com o mais recente relatório sobre a da diversidade genética do SARS-CoV-2, a variante Delta "é a mais prevalente" em Portugal com uma "frequência relativa de 88.6%" na última semana e "mantendo-se dominante em todas as regiões".
Nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e do Algarve esta variante, que é mais transmissível, já representa 100% dos casos de infeção.
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