Pressão nos hospitais desce, mas mortalidade vai manter-se elevada

O relatório das 'Linhas Vermelhas' da Covid-19, divulgado esta sexta-feira, refere que o país apresenta 18,6 óbitos por milhão de habitantes nos últimos 14 dias.

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© CHRISTOPHE ARCHAMBAULT/AFP via Getty Images

Tomásia Sousa
13/08/2021 18:47 ‧ 13/08/2021 por Tomásia Sousa

País

Covid-19

A pressão sobre os cuidados de saúde está em tendência decrescente, mas a mortalidade associada à Covid-19 vai manter-se "provavelmente elevada", ainda que o ritmo de crescimento esteja "a abrandar", revela o relatório das 'Linhas Vermelhas' publicado esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

A mortalidade associada ao vírus encontra-se neste momento nos 18,6 óbitos por milhão de habitantes nos últimos 14 dias, um aumento de 13% face à semana anterior.

Segundo o relatório, publicado todas as sextas-feiras pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa), a mortalidade por Covid-19 em Portugal está "acima do limiar preconizado" pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças.

A incidência cumulativa a 14 dias apresenta uma tendência decrescente. De acordo com o documento, a 11 de agosto, esse valor estava nos 317 casos por 100.000 habitantes.

A região do Algarve é a que mantém o valor de incidência mais elevado, acima do limiar de 480 casos por 100.000 habitantes.

Por faixas etárias, é o grupo dos 20 aos 29 anos que apresenta uma incidência mais alta: 711 casos por 100.000 habitantes.

Também o número de camas ocupadas nas unidades de cuidados intensivos tem vindo a assumir uma tendência decrescente nas últimas semanas. A 11 de agosto, havia 169 doentes internados em UCI nos hospitais portugueses, um valor que corresponde a 66% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas (na semana passada estava em 77%).

O grupo etário com maior número de casos de Covid-19 internados em UCI corresponde ao grupo etário dos 60 aos 79 anos.

A variante Delta representa atualmente 98,9% dos casos positivos em Portugal. Na semana de 26 de julho a 1 de agosto — os dados mais recentes que estão disponíveis — apenas 1,1% dos casos detetados do país correspondiam à variante Alpha, associada ao Reino Unido.

O relatório das 'Linhas Vermelhas' adianta que, para o período de 4 a 8 de agosto de 2021, o Rt foi de 0,95 a nível nacional e no continente. "Observou-se um valor de Rt de 1,01 na região do Alentejo", o valor mais elevado no continente.

A DGS e o INSA dizem ainda que a proporção de testes positivos em Portugal foi de 4% na semana passada e "encontra-se no limiar definido de 4,0%".

[Notícia atualizada às 19h17]

Leia Também: AO MINUTO: Novos casos em queda; Casa Aberta a partir dos 16 anos

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