Casos no Porto Santo estão a diminuir com saída de muitos jovens

O secretário da Saúde da Madeira afirmou hoje que a situação da covid-19 no Porto Santo entrou numa "fase de maior contenção" porque muitos dos jovens já deixaram a ilha e o número de infetados vai "continuar a diminuir".

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Lusa
21/08/2021 13:58 ‧ 21/08/2021 por Lusa

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Covid-19

 

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"O Porto Santo, neste momento, aparentemente, inicia uma fase de maior contenção", declarou Pedro Ramos aos jornalistas, à margem da sessão solene comemorativa do Dia da Cidade do Funchal, que assinala hoje 513 anos.

O governante pronunciava-se sobre o facto de aquela ilha ter registado um aumento de casos positivos de covid-19, sobretudo entre os jovens que ali foram passar férias e protagonizaram episódios de incumprimento das medidas preventivas da propagação do novo coronavírus, inclusive com aglomerados.

"Já não temos tantos jovens a passar férias no Porto Santo", salientou.

Pedro Ramos realçou que ainda existem "alguns contactos daqueles que foram positivos que estão a ser acompanhados, mas que já estão isolados", sendo expectável que "nos próximos 15 dias a situação continue a diminuir".

De acordo com o mais recente balanço epidemiológico, divulgado sexta-feira pela Direção Regional de Saúde (DRS), o Porto Santo registou nesse dia nove casos positivos e estão "cerca de cinco dezenas de pessoas a ser seguidas, monitorizadas", recordou.

Pedro Ramos lembrou também que a unidade hoteleira dedicada ao isolamento no Porto Santo, o Ilha Dourada, está "praticamente lotado".

"Os próximos que vierem a positivar porque estão a ser sinalizados, ficarão instalados no Pavilhão Multiúsos", que está sem ocupantes e foi preparado em 24 horas com capacidade para acolher 50 pessoas, referiu.

"Esperamos que a situação fique controlada, que o número de casos continue a diminuir, e vamos acompanhar esta situação", vincou, explicando que "algumas dezenas de contactos positivos que estão a ser seguidos estão a fazer repetição dos testes nas datas anunciadas pela autoridade regional de saúde e autoridade local de saúde".

O também médico destacou que agora é necessário ter cuidados com aqueles que, apesar de terem tido teste negativo, abandonaram o Porto Santo e foram para a Madeira.

"Apelo à maior compreensão aos jovens da nossa terra para que aqueles que sabem que contactaram com positivos, mas não deram o nome à autoridade regional de saúde, unidade de emergência de saúde pública o façam, porque continuam a necessitar de ser seguidos", declarou.

Pedro Ramos vincou que só com este tipo de medidas é possível "controlar estas novas cadeias que se estabeleceram durante a última semana ou 15 dias na ilha do Porto Santo" e evitar que tenham continuidade na ilha da Madeira.

Segundo o Governo Regional, há disponibilidade de testes e no final deste mês o arquipélago chegará aos 70% de vacinação e, se possível, aos "85% de vacinação iniciada".

O objetivo do executivo insular "é que todos recorram aos centros concelhios de vacinação no arquipélago, não sendo necessário efetuar agendamento".

"Esta é uma nova fase da pandemia para a qual [se exige] o mesmo rigor, a mesma responsabilidade, a mesma cidadania de toda a população da Madeira e Porto Santo", disse Pedro Ramos.

O governante complementou que o estado de calamidade, de acordo com afirmações do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, continua em vigor e "vai prolongar-se até 31 de agosto na Madeira".

Nessa altura será efetuado um novo balanço e será avaliada a possibilidade de um aligeiramento das medidas restritivas impostas.

Os dados da DRS difundidos na sexta-feira indicam que a Madeira tem um total de 373 infeções ativas, encontrando-se sete pessoas hospitalizadas.

A covid-19 provocou pelo menos 4.401.486 mortes em todo o mundo, entre mais de 209,9 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.622 pessoas e foram registados 1.014.632 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

Leia Também: AO MINUTO: Vacinadas 45 mil crianças; ASAE 'atenta' à restauração

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