A abertura do velório ao público ocorreu cerca das 12h30, depois de as três mais altas figuras do Estado -- Presidente da República, presidente da Assembleia da República e primeiro-ministro -- acompanharem a chegada e a entrada da urna no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.
Depois deste momento, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, foi visto por mais três vezes a chegar ao antigo picadeiro real, a última das quais perto da hora de fecho das portas.
No exterior, ao longo de todo o dia foi visível uma longa fila, que se estendia até à entrada principal do Palácio de Belém, de pessoas que aguardavam para prestar homenagem, e que foi diminuindo com o cair da noite. Lá dentro, várias dezenas de coroas de flores adornavam a sala onde estavam os livros de honra.
Os ex-chefes de Estado António Ramalho Eanes e Aníbal Cavaco Silva também marcaram presença da parte da manhã.
Os líderes dos partidos com representação parlamentar também estiveram presentes no velório, com a respetiva delegação, com exceção do presidente do PSD, Rui Rio.
O secretário-geral das Nações Unidas e antigo chefe do executivo, António Guterres, os antigos primeiros-ministros Pedro Passos Coelho, Pedro Santana Lopes e Francisco Pinto Balsemão e também o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Ulisses Correia e Silva foram outros dos presentes para homenagear o "humanista" Sampaio, adjetivo utilizado ao longo do dia para o descrever.
O antigo vice-primeiro-ministro Paulo Portas, o antigo e o atual governador do Banco de Portugal, Carlos Costa e Mário Centeno, respetivamente, o presidente da Caixa Geral de Depósitos e ex-ministro Paulo Macedo, o antigo presidente social-democrata Luís Marques Mendes, a comissária europeia Elisa Ferreira, a presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, também se deslocaram às cerimónias fúnebres.
Durante a tarde, um grupo de pessoas entrou no velório com t-shirts brancas com a mensagem "Obrigado, Jorge Sampaio" estampada, enquanto outras não resistiam a fotografar um retrato oficial a preto e branco do antigo Presidente que preenchia uma das paredes da entrada do antigo picadeiro real.
Jorge Sampaio, antigo secretário-geral do PS (1989/1992) e Presidente da República (1996/2006), morreu na sexta-feira, aos 81 anos, no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, Oeiras, onde estava internado desde 27 de agosto, na sequência de dificuldades respiratórias.
O funeral, com honras de Estado, realiza-se no domingo, antecedido por uma homenagem nacional no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
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