"Mais uma vez o Orçamento do Estado esqueceu-se por completo dos bombeiros e da proteção civil, não vemos qualquer tipo de financiamento que resolva as questões que reivindicamos", disse à agência Lusa o presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais, Sérgio Carvalho.
A greve nos dias 11 e 12 de novembro foi decidida no conselho geral alargado da Associação Nacional dos Bombeiros e Profissionais e Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (ANBP/SNBP) realizado hoje e onde foi manifestada a insatisfação da classe com a proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), entregue na segunda-feira no parlamento.
Sérgio Carvalho precisou que a proposta de OE2022 "não responde a qualquer das reivindicações" dos bombeiros profissionais, sejam os sapadores, que pertencem às autarquias, forças de proteção civil que são do Estado e os operadores que trabalham nas centrais de emergência.
Entre as reivindicações estão aumentos salariais, subsídio de risco igual ao das forças de segurança, num valor de 100 euros mensais, regulamentação de todo o setor dos bombeiros e proteção civil, revisão da tabela salarial dos bombeiros sapadores, tendo em conta que tal não acontece desde 2009, e 35 horas de trabalho, segundo a ANBP/SNBP.
Os bombeiros profissionais exigem também o direito à pré-reforma equiparada às forças de segurança, integração imediata da Força Especial de Proteção Civil nos quadros da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e enquadramento dos operadores das centrais da gestão de emergência dos comandos distritais e nacional de operações e socorro.
"Todo o setor neste OE é esquecido, excetuando uma pequena transferência de verbas para as corporações de bombeiros, mas que aos bombeiros não diz nada nem resolve qualquer problema no setor", disse ainda Sérgio Carvalho.
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